publico.pt - 29 abr. 21:00
Dez frases que marcam os 100 dias de Trump na Casa Branca
Dez frases que marcam os 100 dias de Trump na Casa Branca
Recorde algumas das frases que marcaram os discursos de Donald Trump nos primeiros meses do novo mandato à frente da Casa Branca.
Entre insultos a aliados, ameaças a juízes, promessas de deportações em massa e devaneios imobiliários no Médio Oriente, Donald Trump voltou à Casa Branca para deixar a sua marca.
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Não foi propriamente uma surpresa que, no discurso de tomada de posse do seu segundo mandato como Presidente dos EUA, Donald Trump invocasse o atentado de que foi alvo durante a campanha eleitoral. Serviu de mote para prenunciar uma nova “era dourada” para os Estados Unidos, a começar com a deportação de “milhões e milhões de estrangeiros criminosos”, com a intensificação da exploração do petróleo e com a mudança do golfo do México para “golfo da América”.
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O Canadá e o México foram os primeiros alvos da guerra comercial e, no que ao vizinho do norte diz respeito, as declarações de Trump não podiam ter sido mais ofensivas, ao sugerir que poderia tornar-se no 51.º estado norte-americano. As palavras do Presidente fizeram despertar, pelo menos, o patriotismo dos canadianos, com boicotes a produtos americanos e cancelamentos de viagens para os Estados Unidos.
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Na sua visão de magnata do imobiliário, não há pedaço de terra que não possa ser comprado ou vendido. E foi assim que Donald Trump sonhou em voz alta com a transformação da Faixa de Gaza numa “Riviera do Médio Oriente”, um resort para quem puder pagar mas onde os palestinianos não terão lugar.
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Primeiro, ia acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas. Depois, em 100 dias. Não aconteceu, claro, e, pelo meio, “esqueceu-se” de quem iniciou de facto o conflito com a invasão de uma nação soberana. E o culpado pela guerra, para Trump, nunca foi Vladimir Putin mas antes Volodymyr Zelensky, um impertinente que insiste em defender o seu povo e o seu país.
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Donald Trump disse muitas vezes que a sua palavra favorita era tarifas, para ele a melhor arma para vergar todos os países do mundo que só querem roubar os EUA. A aliada Europa é, afinal, um adversário que só quer aproveitar-se da boa vontade americana, seja no comércio, seja na defesa. Assim se destrói uma aliança de oito décadas.
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Ao fim de 100 dias, já se viu que Estado de direito e “checks and balances” são, para Trump, obstáculos à sua agenda autoritária e ao plano radical para desmantelar o Governo federal. Os juízes que começaram, à letra da lei, a contrariar o prototirano da Casa Branca devem, assim, ser afastados.
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Depois de lançar tarifas sobre todo o planeta, incluindo ilhas habitadas apenas por pinguins, Trump recostou-se e esperou pela submissão mundial. Na sua retórica situada algures entre a realidade alternativa que criou e o narcisismo, viu as nações a rogarem-lhe por um qualquer acordo. E quem acabou, afinal, por pestanejar primeiro?
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Poucas horas antes de anunciar que as tarifas com que ameaçou o mundo, criadas a partir de contas que deixaram os economistas perplexos, iam, afinal, ser suspensas, Donald Trump usou a sua rede social para dar dicas bolsistas. Comprem! Ora se isto não é manipulação dos mercados…
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À medida que o seu sonho de acabar, sozinho, com a guerra na Ucrânia se complicava, Trump intensificava os seus ataques ao Presidente ucraniano. Primeiro, com a humilhação pública em plena Sala Oval, com a devida colaboração do vice J.D. Vance. E, depois, a culpar novamente Zelensky, a quem acusou de ser responsável por não ter parado a guerra. Vladimir Putin não podia ter melhor aliado.
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