Daniel Oliveira - 29 abr. 06:51
Que me perdoem as vítimas, mas saboreei a escuridão
Que me perdoem as vítimas, mas saboreei a escuridão
Rombos económicos, aviões perdidos, reuniões falhadas, consultas desmarcadas, engarrafamentos insuportáveis, dramas quotidianos. Já falo disso, da REN e do governo. Mas deixem-me, só hoje, recordar que tudo o que nos liberta também nos escraviza. As ruas encheram-se de famílias, ao fim da tarde quente. Miúdos jogaram à bola e jovens apinharam-se em esplanadas sem ecrãs. A rádio reinou. E houve, como na pandemia, uma ordem espontânea. Longe das redes, ainda somos uma sociedade coesa
Deixo para sexta-feira a parte mais política e séria da experiência que tivemos ontem. Há muitas respostas a dar, danos a contabilizar, responsabilidades a atribuir, balanços a fazer. Sobretudo sobre a REN, a sua centralidade e o que este dia nos deveria fazer recordar (é disso mesmo que irei tratar) ou da comunicação do governo, que não parece ter sido tão presente como em Espanha. Estou certo que este dia estará repleto de tudo isto. Agora, se não se importarem, vou ser romântico.
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