rr.ptrr.pt - 29 abr. 20:08

Apagão. IL defende eficácia da comissão técnica e Livre quer que órgão tome posse já

Apagão. IL defende eficácia da comissão técnica e Livre quer que órgão tome posse já

Mariana Leitão criticou também a "comunicação ineficiente e irregular" do Governo durante o apagão, pois considera que o executivo "deve falar a uma só voz". O Livre defende, junto com a comissão técnica, a criação de um inquérito a instituições no terreno ou aos cidadãos.

A Iniciativa Liberal defendeu nesta terça-feira que a comissão técnica independente criada pelo Governo poderá ser eficaz para chegar a conclusões sobre o apagão, enquanto o Livre defendeu que esta entidade deveria tomar posse antes das eleições.

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"Penso que [a comissão técnica independente] é uma forma eficaz, se conseguir tirar conclusões e, acima de tudo, se se conseguir perceber as causas, para depois também percebermos o que é que precisamos de alterar para conseguir dar resposta efetiva a uma situação deste género ou outras de crises", afirmou a líder parlamentar da IL.

Estas declarações foram feitas depois de uma reunião entre partidos e Governo, convocada pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, na sequência do corte generalizado no abastecimento elétrico que na segunda-feira afetou Portugal e Espanha, e que continua sem explicação por parte das autoridades.

Mariana Leitão criticou também a "comunicação ineficiente e irregular" do Governo, considerando que o executivo "deve falar a uma só voz" e de "forma muito mais regular para tranquilizar a população".

A IL defendeu ainda que Portugal deve "investir em protocolos de segurança e sistemas de redundância em infraestruturas críticas", para evitar que deixem de funcionar, bem como "aumentar o número de centrais capazes do "black start" e reforçar as interconexões elétricas".

A porta-voz do Livre Isabel Mendes Lopes manifestou-se "profundamente" contra a ideia de a comissão técnica independente anunciada pelo Governo ser apenas constituída após a eleição do novo parlamento, nas legislativas de 18 de maio.

Na ótica do Livre, esta comissão deveria entrar já em funcionamento e, ao mesmo tempo, ser divulgado um inquérito a instituições no terreno, como câmaras municipais e juntas de freguesia, ou aos cidadãos no geral, de forma a agregar dados enquanto a memória "ainda é fresca".

"Esta ideia de o Governo e PSD acharem que esta comissão só começará a funcionar depois de o parlamento ter tomado posse mostra que não aprenderam nada com a urgência do que vivemos ontem", criticou.

Em sentido contrário, o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, defendeu que esta comissão deve ser composta "desejavelmente por figuras de reconhecido mérito", algo que exige um "processo de diálogo entre as várias bancadas e envolver a academia".

"Não nos precipitaremos em usar qualquer instrumento parlamentar", acrescentou, depois de o Livre ter admitido nesta terça-feira propor uma comissão parlamentar de inquérito ou eventual sobre o apagão.

A deputada do Chega Rita Matias lamentou a "falta de comunicações entre o Governo e a Assembleia da República", defendendo que "era útil que os partidos pudessem ter estado mais envolvidos ao longo deste processo".

Rita Matias disse que "poucos foram os esclarecimentos" do Governo, e considerou que o país deve apostar noutras fontes de energia, como o carvão ou nuclear.

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, disse não se opor à criação da comissão técnica independente, sublinhando que o mais importante é uma política que garanta a soberania energética do país e um "controlo público" do setor da energia.

Paula Santos salientou ainda a aprovação de um debate proposto pelo PCP sobre o apagão desta segunda-feira, afirmando que "seria incompreensível para o povo português que, havendo uma comissão permanente amanhã, a Assembleia da República não se debruçasse sobre este tema".

Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, disse ter transmitido ao Governo a sua preocupação com a "ausência de capacidade de comunicação" com os órgãos de soberania e com a falta de uma referência à emergência veterinária na resolução do Conselho de Ministros.

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