rr.ptrr.pt - 29 abr. 13:11

É preciso “combinar entre nós um ponto de encontro em caso de nos perdermos tecnologicamente”

É preciso “combinar entre nós um ponto de encontro em caso de nos perdermos tecnologicamente”

João Duque analisa o apagão ibérico desta segunda-feira e aponta-o como um teste às famílias e às empresas.

O comentador da Renascença João Duque diz que o apagão desta segunda-feira foi um teste do ponto de vista económico e da organização das famílias e entende que há lições a retirar para a vida.

Em termos familiares, o economista destaca que é preciso “combinar entre nós um ponto de encontro em caso de nos perdermos tecnologicamente”, porque ficamos sem comunicações e durante largas horas foi impossível, por exemplo, estabelecer contactos telefónicos.

“Como é que nós fazemos? E quem é que fica responsável de ir buscar os miúdos em caso de impossibilidade? Onde é que nos encontramos? Normalmente na nossa casa, mas as famílias são um bocadinho mais alargadas. Há sempre uma pessoa mais idosa que está mais sozinha. Quem é que a vai buscar? Onde é que todos nos encontramos? E, portanto, perguntas destas tão simples podem, pela sua resposta, levar as famílias a organizarem-se e a combinarem”, exemplifica.

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Na visão do comentador, o apagão foi uma oportunidade de, sem uma calamidade, fazermos um teste e verificarmos em que falhámos para podermos corrigir.

E no que toca às empresas, por exemplo, perceber se estão ou não preparadas para trabalhar num ambiente adverso como este, de um momento para o outro.

“Este teste é uma pergunta simples que nós podemos fazer como organizadores ou responsáveis por organizações e que podemos, portanto, pôr em causa ou rever aquilo que são os procedimentos que temos implementados para fazer face a esta situação. Temos backups, temos geradores, não temos, se necessitamos, não necessitamos, há possibilidade de reinventar a nossa operação ou não para fazer face?”, aponta.

No seu comentário n’As Três da Manhã, o economista destaca ainda que, do ponto de vista tecnológico, “há uma dependência: tendo fechado simultaneamente todas as entradas de Espanha para Portugal, levou a um desequilíbrio nas tensões e isso provocou um apagão geral”.

“O que é uma coisa absolutamente rara: um país como a Espanha apagar-se de um momento para o outro, tendo tantas ilhas, tantos pontos de produção. Isso é absolutamente, eu diria, inimaginável”, assinala.

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