rr.pt - 29 abr. 23:49
Apagão. ASAE garante segurança de alimentos, mas deixa avisos
Apagão. ASAE garante segurança de alimentos, mas deixa avisos
Depois do apagão que deixou vários operadores económicos sem energia durante horas, a ASAE mobilizou inspetores para garantir a segurança alimentar em hipermercados e restaurantes. Até ao momento, não foram detetados riscos graves na conservação de alimentos.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) esteve esta terça-feira no terreno para fiscalizar hipermercados, restaurantes e outros operadores económicos, depois do apagão que afetou ontem o país. Cerca de uma centena de inspetores foi mobilizada para avaliar se houve quebras na cadeia de frio dos alimentos.
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De acordo com o inspetor-geral da ASAE, Luís Lourenço, a prioridade foi eliminar eventuais riscos na conservação dos produtos, sobretudo alimentos perecíveis como carne e peixe. "O risco maior tem a ver com situações de deterioração de alimentos durante o período", explicou à Renascença.
Apesar das preocupações, "não há sinalização de situações de risco", referiu o responsável.
Segundo Luís Lourenço, muitos operadores já estavam preparados para este tipo de imprevistos, recorrendo a geradores para manter a refrigeração dos produtos.
O foco das inspeções recaiu especialmente sobre alimentos que já se encontravam descongelados à hora do apagão. "No caso dos produtos de pesca e carnes descongelados, o perigo residia no facto de não serem consumidos de imediato", destacou.
O apagão começou por volta das 11h30, quando muitas áreas de restauração e retalho já estavam a preparar refeições.
Embora alguns operadores tenham conseguido vender produtos ainda seguros, outros viram-se obrigados a retirar do mercado itens mais críticos. "Até ao momento, não houve necessidade de proceder a apreensões", garantiu Luís Lourenço.
Outro alerta lançado pela ASAE diz respeito à prática perigosa de recongelar alimentos que descongelaram durante a falha elétrica. "O problema não é estar seis, sete ou oito horas sem energia, desde que os equipamentos não sejam abertos constantemente", explicou.
O inspetor-geral assegurou que "tudo está a ser feito para proteger a saúde pública". Deixou ainda um apelo à confiança dos consumidores, garantindo que "qualquer produto que tenha ficado deteriorado foi destruído nos termos da legislação".
Finalmente, Luís Lourenço lembrou que os consumidores têm um papel importante na fiscalização: "Podem utilizar o livro de reclamações eletrónico ou os mecanismos de denúncia no site da ASAE para reportar qualquer anomalia".