publico.pt - 29 abr. 13:39
Reabastecimento de bens alimentares a caminho da normalização, diz APED
Reabastecimento de bens alimentares a caminho da normalização, diz APED
Rede de abastecimento às cadeias de distribuição está a funcionar com normalidade. APED admite alguma “perda “ de bens alimentares em lojas mais pequenas.
Depois da corrida à compra de bens de primeira necessidade, a maioria dos supermercados e hipermercados abriu esta terça-feira “com grande parte da operação reposta ou a estar completamente reposta durante o dia”, garante o director-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).
A reposição de stocks, especialmente em determinados artigos, como água engarrafada, leite e alguns alimentos enlatados, está a ser possível devido à reposição de fornecimento energético, o que permitiu “o funcionamento das cadeias de abastecimento, bem como os transportes, garantiu Gonçalo Lobo Xavier, em declarações à RTP 3.
O responsável da APED destacou que “as infra-estruturas e os geradores que estavam previstos serem utilizados em caso de emergência funcionaram na sua grande maioria, sobretudo nos grandes formatos”.
Refere, no entanto, que alguns dos retalhistas associados da APED, “por opção estratégica, nas lojas mais pequenas, decidiram encerrar por precaução com a segurança dos próprios colaboradores e clientes e a segurança alimentar, para assegurar que os geradores estavam focados no frio e nas condições de segurança dos alimentos refrigerados”.
Relativamente à possibilidade do apagão ter estragado ou deteriorado bens alimentares refrigerados, Lobo Xavier garantiu que a APED “está hoje [esta terça-feira] a fazer esse levantamento”. Admite, contudo, que pode verificar-se alguma perda nas lojas mais pequenas, “perda essa que será tratada com toda a responsabilidade e toda a segurança alimentar”.
Nas lojas em funcionamento, “houve consumo normal e os geradores funcionaram”, acrescenta.
A corrida às compras verificada esta segunda-feira relembrou o que aconteceu há cinco anos, durante a pandemia de covid-19, sendo “evidente que houve muita ansiedade (...)”, com “um consumo muito rápido e elevado de alguns produtos específicos”, refere Lobo Xavier, que permitiu o acesso dos consumidores a bens de primeira necessidade”.