observador.ptobservador.pt - 29 abr. 16:47

"Ladrões Avós". Começa o julgamento do roubo a Kim Kardashian num hotel em Paris

"Ladrões Avós". Começa o julgamento do roubo a Kim Kardashian num hotel em Paris

O crime aconteceu há 9 anos mas só agora os 10 acusados foram levados a tribunal. Conhecidos por "Ladrões Avós", os réus têm todos mais de 60 anos e alguns dizem não saber quem era a socialite.

Foi em outubro de 2016 que Kim Kardashian foi amarrada e ameaçada por homens armados e viu mais de 8 milhões de euros em joias serem roubados num hotel em Paris. Nove anos depois, começou esta segunda-feira, 28 de abril, o julgamento do caso. 10 pessoas foram acusadas de sequestro e roubo armado — nove homens e uma mulher, de acordo com o New York Times. Um dos acusados morreu antes do início do julgamento, enquanto outro foi dispensado por sofrer de demência em estado avançado. Todos nasceram antes dos anos 1950. O grupo tem sido chamado na imprensa internacional Granpa Robbers, ou “Os Ladrões Avós”.

O primeiro dia do julgamento em Paris foi marcado por questões burocráticas, mas esta terça-feira o júri começou a ouvir os acusados. O primeiro a falar foi Yunice Abbas, de 71 anos, um dos dois que já confessou ter participado no crime. Durante a sessão da manhã, Abbas falou sobre o seu histórico familiar e profissional e contou sobre as suas experiências de entradas e saídas da prisão — o homem assume ter passado cerca de 17 anos preso ao longo da vida, tendo sido condenado por crimes como roubo de bancos ou tráfico de drogas. “Sim, os meus crimes influenciaram negativamente a minha família”, disse Abbas em tribunal, citado pela BBC. “Quando estive fora da prisão fiz o possível pelos meus filhos, mas nunca tive um modelo masculino para seguir, não sabia bem o que fazer”, afirmou o réu, sobre ter crescido sem a presença do pai, que morreu quando ainda era jovem. Em 2021 Abbas escreveu o livro Eu sequestrei Kim Kardashian, onde conta a sua versão dos acontecimentos. Na obra, diz que nunca viu a socialite durante o roubo e que não sabia quem era Kim Kardashian.

Durante a tarde de terça-feira o tribunal ainda ouviu outros envolvidos no caso. Gary Madar, irmão de Michael Madar (que providenciou o serviço de transporte e táxi às Kardashian durante anos), foi preso em 2017 e é acusado de ajudar o gangue com informações das rotinas de Kim Kardashian. No dia do roubo, Gary Madar desempenhava funções de motorista de Kourtney Kardashian. Entretanto, em tribunal, o homem negou qualquer envolvimento no crime. Outro acusado ouvido esta terça-feira foi Marc Boyer, de 78 anos, que assim como Abbas reconhece ter passado cerca de 17 anos na prisão por crimes anteriores. Boyer é acusado de posse ilegal de arma — a que foi usada no crime. Porém, as autoridades acreditam que o seu filho, Marc Alexandre, também um dos réus, terá tido um papel mais relevante no assalto.

O último réu a falar esta terça-feira foi Didier Dubreucq, que é acusado de ser um dos dois homens que entraram no quarto de hotel e ameaçaram Kim Kardashian com uma arma. Conhecido pela alcunha “Olhos Azuis”, está a tratar um cancro e foi dispensado de participar de algumas sessões do julgamento por causa da quimioterapia. Dubreucq também tem antecedentes criminais e passou vários períodos da vida na prisão. Entretanto, assim como outros oito acusados, nega o envolvimento no assalto.

Aomar Ait Khedache, de 69 anos, é o único que, além de Abbas, assumiu o envolvimento no caso, depois de o seu ADN ter sido identificado na cena do crime. Khedache presta depoimento na próxima quarta-feira, dia 30. Por ser mudo, vai responder as perguntas por escrito. Abbas e Khedache enfrentam o risco de serem condenados à prisão perpétua, por já terem cadastro por crimes parecidos.

O julgamento decorre até o dia 23 de maio e espera-se que Kim Kardashian preste o seu depoimento em tribunal no dia 13 de maio. A socialite já falou anteriormente sobre o assalto em entrevistas à imprensa. No reality show Keeping Up With the Kardashians, num episódio emitido em 2017, Kim relata o que lhe aconteceu: “Vi dois homens a segurar outro rapaz para baixo, a usar uniformes de polícia, do lado de fora do meu quarto”, conta às irmãs. Em 2020, numa entrevista a David Letterman, Kim Kardashian foi às lágrimas ao recordar o medo que sentiu de ser violada. “Estava a usar um robe e não tinha nada por baixo. Um homem agarrou-me e foi neste momento que pensei: ‘pronto, vou ser violada. Preciso de lidar com isto. Prepara-te’. Mas depois ele algemou-me e atou com fita cola.”

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