observador.pt - 29 abr. 18:03
Apagão. Proteção Civil justifica alerta laranja ao fim do dia para aumentar resposta operacional
Apagão. Proteção Civil justifica alerta laranja ao fim do dia para aumentar resposta operacional
A ANEPC refere que desde o primeiro momento ativou os mecanismos do Centro de Coordenação Operacional Nacional, que a partir das 13h30 reuniu os diversos agentes de proteção civil.
A Proteção Civil justificou esta terça-feira a ativação do estado de alerta laranja ao fim do dia de segunda-feira com o objetivo de aumentar a capacidade de resposta operacional para fazer face às previsíveis ocorrências durante a noite e madrugada.
Num comunicado sobre o ponto de situação da falta da rede elétrica na segunda-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) refere que desde o primeiro momento ativou os mecanismos previstos no âmbito do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, designadamente o Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON) que a partir das 13h30 reuniu os diversos agentes de proteção civil, entidades com dever de cooperação e responsáveis pelas infraestruturas críticas.
A Proteção Civil avança que no âmbito dos CCON foram desenvolvidas várias determinações operacionais, nomeadamente “a emissão às 19h30 do comunicado técnico operacional de incremento do Estado de Alerta Especial para nível laranja para aumento da capacidade de resposta operacional para fazer face ao previsível aumento de ocorrências no período da noite e madrugada”.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LPB) já tinha afirmado à Lusa que a ANEPC tinha colocado os bombeiros em alerta às 20h00 de segunda-feira, quando algumas zonas do país já tinham luz elétrica e mais de oito horas depois do apagão.
Segundo António Nunes, o alerta laranja (o segundo mais grave de uma escala de quatro) vigora entre às 20h00 de segunda-feira e as 00h00 desta terça-feira.
A emissão de alertas especiais ao sistema de proteção civil é da competência da ANEPC e tem como objetivo elevar o grau de prontidão e resposta operacional e dar conhecimento ao dispositivo de informações essenciais da situação de modo a permitir o desencadear de ações complementares no âmbito da proteção e socorro.
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A Proteção Civil dá também conta de outras das diligências operacionais desenvolvidas ao longo do dia de segunda-feira, como as reuniões dos Centros de Coordenação Operacionais (CCO) nos níveis regional e sub-regional, reforço da articulação interinstitucional com os operadores do setor energético (rede elétrica, combustíveis e gás), telecomunicações, forças de segurança, serviços de saúde, transportes, abastecimento de água e águas residuais, além da ativação de centros de coordenação operacional.
Segundo a ANEPC, desta forma “o sistema de proteção civil” assegurou “a pronta resposta às ocorrências, ao diversos níveis organizacionais — nacional, regional, sub-regional e municipal“.
No âmbito dos CCON, a ANEPC indica ainda que foi dado apoio aos hospitais, lares e unidades de cuidados continuados e outras instituições essenciais afetadas pela falha de energia, com o fornecimento de combustível e geradores, implementação de planos de contingência para garantir o funcionamento de equipamentos e sistemas prioritários, incluindo geradores de emergência, identificação, em articulação com a Segurança Social, de grupos populacionais mais vulneráveis para prioridades de intervenção e monitorização permanente da situação, com atualizações regulares através dos canais oficiais da ANEPC e proteção civil municipal, além do envio de SMS preventivo à população a partir das 17h15.
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