observador.ptobservador.pt - 30 abr. 01:43

Apagão: Perdas seguradas podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha, menores em Portugal, diz agência DBRS

Apagão: Perdas seguradas podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha, menores em Portugal, diz agência DBRS

Perdas seguradas no apagão devem variar "entre 100 e 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal", aponta a agência de notação financeira DBRS.

Siga o nosso artigo em direto sobre o apagão

As perdas relacionadas com interrupções de negócios após o apagão desta segunda-feira podem levar a grandes indemnizações das seguradoras, que podem chegar a 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal, calcula a DBRS.

Numa nota enviada esta terça-feira, a DBRS sinaliza que a falha de energia que afetou na segunda-feira, desde as 11h30, Portugal e Espanha pode gerar um aumento nas reivindicações relacionadas com seguros residenciais, comerciais, de viagem e de interrupção de negócios.

“Embora seja difícil fornecer uma estimativa das perdas seguradas na situação atual, a nossa expectativa inicial é que as perdas seguradas variem entre 100 e 300 milhões de euros em Espanha e uma fração disso em Portugal”, aponta a agência de notação financeira, destacando que “as perdas económicas totais serão várias vezes maiores que essas estimativas”.

Como um “choque de frequência” em Espanha apagou a produção, contaminou a rede elétrica e deitou tudo abaixo em 5 minutos. Dez perguntas

Apesar de admitir que as seguradoras provavelmente vão considerar as perdas financeiras derivadas deste evento geríveis, “as seguradoras espanholas e portuguesas provavelmente receberão um volume excecional de sinistros após o apagão, o que poderá colocar as suas capacidades operacionais sob pressão”.

Mario de Cicco, vice-presidente de Seguros Globais e Classificações de Pensões da Morningstar DBRS, sinaliza, citado em comunicado, que apesar das perdas relacionadas com interrupções de negócios poderem “ser graves e possivelmente levar a grandes indemnizações”, a “maioria das apólices de seguro normalmente começa a cobrir danos decorrentes de interrupções de negócios apenas após 12, 24 ou até 48 horas”.

“Como resultado, os pagamentos das seguradoras devem ser amplamente mitigados pelo facto de o fornecimento de energia ter sido quase totalmente restabelecido em menos de 12 horas”, concluiu.

No que diz respeito aos detentores de seguro de viagem, estes deverão ter “direito a alguma indemnização devido às grandes interrupções no transporte ferroviário e aos cancelamentos de voos, contudo, isso poderá ser amplamente atenuado devido ao lento retorno aos serviços normais no dia seguinte”.

Já a incidência de acidentes de carro “parece ser pequena”, nota a DBRS.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do “apagão”.

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu hoje de manhã que o serviço está totalmente reposto e normalizado.

NewsItem [
pubDate=2025-04-30 02:43:17.0
, url=https://observador.pt/2025/04/30/apagao-perdas-seguradas-podem-chegar-a-300-milhoes-de-euros-em-espanha-menores-em-portugal-diz-agencia-dbrs/
, host=observador.pt
, wordCount=407
, contentCount=1
, socialActionCount=0
, slug=2025_04_30_1927886199_apagao-perdas-seguradas-podem-chegar-a-300-milhoes-de-euros-em-espanha-menores-em-portugal-diz-agencia-dbrs
, topics=[europa, espanha, energia, mundo, economia, eletricidade]
, sections=[economia, actualidade]
, score=0.000000]