Observador - 18 jun. 00:16
À Greta já grande sucede o pequeno Marques Mendes
À Greta já grande sucede o pequeno Marques Mendes
A pequena Greta cresceu e o encanto diluiu-se um pouco. Eis senão quando o conflito Israel-Irão levou a que, nas presidenciais, se revelasse um novo anti-Israel pequeno Greto: Marques Mendes Thunberg
Que de Espanha não vem, nem bom vento, nem bom casamento, o ditado ensina desde tempos imemoriais. O que desconhecia é que nos últimos anos, em Espanha, entrou em uso um novo dito, em jeito de réplica: “De Portugal, nem bom presunto à fatia, nem boa mentoria.” Eh pá, muito, muito forçado. De Espanha, nem bom pão, nem bom rifão, é o que é.
Mas porquê este novo adágio espanhol? Porque o Partido Socialista do país vizinho e o seu líder estão envolvidos em tantas vigarices que não há pixels suficientes no site do Observador para eu as explanar. Ora, quem foi o mentor do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchéz, quando este gizou o plano para liderar o governo, mancomunado com tudo o que era separatista, terrorista e anti-democrata, quem foi? Dou três hipóteses: o Naranjito; o Chanquete, do Verão Azul; o Don Quixote.
Não, está errado. Qualquer que fosse a resposta, estaria mal, na verdade, porque a pergunta tinha rasteira. A resposta seria o vermelhito, que para salvar a carreira política fez de nós joguete, o primeiro-ministro da triste figura, António Costa. Ah, pois. O padrinho político do primeiro-ministro Pedro Sanchez – é bom recordar – foi o homem que é hoje figura de proa de uma organização, a União Europeia, que a cada dia mais sentido parece fazer ser liderada por um padrinho.
Portanto, isto é Deus no céu, Costa na Europa e, agora, Marques Mendes na corrida à Presidência. Corrida de obstáculos na qual Marques Mendes não tardou a esbarrar de testa, em cheio numa das barreiras. E não, não pretende isto ser uma insinuação baixa acerca da estatura do candidato a Belém. Pretende, isso sim, salientar a baixeza da declaração de Marques Mendes relativa ao conflito Israel-Irão.
Disse Marques Mendes que a ofensiva de Israel no Irão foi ��uma intervenção completamente gratuita, profundamente desnecessária”. Sem dúvida. Para quê intervir assim, de forma gratuita, quando a Israel – e ao resto de Médio Oriente – bastava esperar só mais um bocadinho para ser presenteado com toda a riqueza de um exuberante fogo de artificio nuclear? Arre! Não sabem estar sossegados, estes judeus, pá. Se estivessem sossegados, num instante estariam definitivamente sossegados. Tornando totalmente desnecessária esta ofensiva. Tal como Marques Mendes, em tempo útil, muito bem assinalou.
A propósito, é inevitável assinalar que, se é verdade que a Greta Thunberg cresceu e o encanto da catraia se diluiu um bocadinho, ao menos o conflito Israel-Irão permitiu que, à boleia das eleições presidenciais, se revelasse um novo anti-sionista pequeno Greto: Marques Mendes Thunberg.
Enquanto isso, por cá, continua-se à cata de nazis. Tem sido um jogo um pouco inglório, mas que facilmente se tornaria bem produtivo só com um ligeiro acerto no profiling. Em vez de limitar a busca por nazis a jovens caucasianos, de cabelo rapado, que desejam bater em actores que fazem de Camões no teatro A Barraca, em Lisboa, abríamos a busca por nazis a gente de todas as idades e etnias, de cabelos sortidos, que desejam exterminar judeus por via do Hamas, Hezbollah, Irão e mais quem seja, em cidades de todo o país. Ui, em menos de nada reuníamos umas boas dúzias de batalhões das SS.
E não tinha de ficar por cá, a colheita. Além-mar também podia ser bem sucedida, pelo menos a confirmar-se que o Brasil vendeu urânio enriquecido ao Irão. Corre por aí este boato, em que não acredito. Não me parece possível o Brasil ter urânio enriquecido. Desde que o Lula é presidente, no Brasil só enriqueceu ele próprio e os seus comparsas de partido.
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