expresso.pt - 18 jun. 16:19
Cimeira do G7 termina sem avanços nos “temas quentes”, Trump saiu quando “ainda havia muito para discutir”
Cimeira do G7 termina sem avanços nos “temas quentes”, Trump saiu quando “ainda havia muito para discutir”
Acabou esta terça-feira a reunião dos líderes dos sete países mais industrializados do mundo, mas o encontro não alcançou resultados concretos sobre o conflito entre Israel e Irão, a guerra na Ucrânia, as sanções contra a Rússia ou as tarifas comerciais. Volodymyr Zelensky voou para o Canadá para participar na cimeira do G7 e falar com Donald Trump, mas a saída antecipada do Presidente dos Estados Unidos impediu a “reunião amigável”
Com o conflito entre Israel e o Irão, o prolongar da agressão militar na Ucrânia e a guerra comercial imposta pelos Estados Unidos, havia expectativas para a 51.ª cimeira do G7 — o grupo das sete nações mais industrializadas do mundo —, a primeira em que Donald Trump participou durante o seu segundo mandato. No entanto, a reunião, que terminou esta terça-feira em Kananaskis, no Canadá, ficou marcada pela saída antecipada do Presidente americano e pela ausência de resultados concretos nos “temas quentes” da agenda.
“O objetivo mais importante será que as sete maiores nações industriais do mundo cheguem a acordo e tomem medidas”, afirmara o chanceler alemão, Friedrich Merz, antes de participar na sua primeira cimeira do G7. Dadas as circunstâncias atuais, o encontro era visto como teste à unidade das principais potências democráticas. O consenso falhou, sobretudo com os Estados Unidos. No final, não foi emitido comunicado conjunto, apesar das conversações “francas e abertas”.
Segunda-feira à noite — final do primeiro dia —, já depois de Trump se ter ido embora, surgiu uma declaração sobre o conflito no Médio Oriente. O “Irão é a principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região”, “nunca pode ter uma arma nuclear”, e “Israel tem o direito de se defender”, defendeu o G7. “Apelamos a que a resolução da crise no Irão conduza a um abrandamento mais amplo das hostilidades no Médio Oriente, incluindo um cessar-fogo em Gaza”, escreveram os líderes do grupo, que inclui Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá.
Não foi divulgado nenhum texto semelhante sobre a guerra na Ucrânia e, segundo o anfitrião Canadá, tal deveu-se aos Estados Unidos. Não houve “nenhuma declaração separada [sobre a Ucrânia] porque os americanos queriam diluí-la”, adiantou fonte do Governo canadiano à agência France-Presse (AFP), sob anonimato. Os outros seis membros concordaram com uma “linguagem forte”, mas um comunicado conjunto exigiria a aprovação dos Estados Unidos, explicou.
Já é Subscritor? Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler