sol.sapo.ptsol.sapo.pt - 18 jun. 16:32

Galáxia colorida permite estudar melhor o seu funcionamento

Galáxia colorida permite estudar melhor o seu funcionamento

Segundo o ESO, futuros projectos com base neste mapa irão explorar como o gás circula, como a sua composição se altera e como dá origem a novas estrelas em toda a galáxia

Uma espiral com infinitos tons de rosa, amarelo e laranja é a imagem de uma galáxia distante que os astrónomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgaram esta quarta-feira. O objetivo é compreender melhor o seu funcionamento.

“As galáxias são sistemas incrivelmente complexos que ainda estamos a tentar entender”, afirma Enrico Congiu num comunicado do ESO. Congiu liderou um estudo publicado esta quarta-feira na revista Astronomy & Astrophysics.

Embora as galáxias sejam extremamente vastas, a sua evolução depende de fenómenos que ocorrem em escalas muito menores e que envolvem estrelas, gás e poeira, os seus elementos constituintes.

Estes elementos emitem diferentes cores, mas as imagens convencionais captam apenas algumas. O novo mapa da galáxia do Escultor publicado pelo ESO inclui milhares dessas cores.

Esta galáxia, situada a 11 milhões de anos-luz de distância, não foi escolhida ao acaso.

Está “próxima o suficiente” para que seja possível “estudar os seus elementos constituintes com um detalhe incrível” e “é suficientemente grande para que a possamos ver como um sistema completo”, explica Congiu, citado pela agência AFP. 

Os investigadores observaram-na durante mais de 50 horas com o instrumento Multi Unit Spectroscopic Explorer (MUSE), instalado no Very Large Telescope (VLT), no Chile e compilaram mais de 100 exposições para cobrir uma área da galáxia com cerca de 65.000 anos-luz de largura.

“Podemos fazer zoom para estudar regiões específicas onde as estrelas estão a formar-se”, mas também “reduzir para observar a galáxia como um todo”, afirma Kathryn Kreckel, da Universidade de Heidelberg (Alemanha), coautora do estudo.

Numa análise inicial dos dados, a equipa identificou cerca de 500 nebulosas planetárias na galáxia — regiões de gás e poeira ejetadas por estrelas moribundas semelhantes ao Sol.

“A descoberta de nebulosas planetárias permite-nos confirmar a distância até à galáxia, uma informação essencial de que dependem outros estudos sobre ela”, observa Adam Leroy, professor da Universidade Estatal do Ohio (EUA) e coautor do estudo.

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