Observador - 19 jun. 00:22
Marques Mendes e a ameaça iraniana
Marques Mendes e a ameaça iraniana
O que faria Marques Mendes se fosse PM de Israel? O candidato presidencial não sabe, mas qualquer pessoa sensata sabe. Faria exactamente o mesmo que está a fazer o PM israelita.
Se não o fizesse, seria ‘profundamente incompetente’ e ‘completamente irresponsável.’
Além da ignorância que mostrou sobre o que se passa no Médio Oriente, Marques Mendes mostrou que é um político fraco, que tem medo de fazer o que é perigoso, de arriscar. Há situações em que um líder político tem que arriscar, não pode ter medo do perigo. Portugal tem o enorme privilégio de não viver rodeado por países e movimentos políticos que o querem destruir. Mas, como o próprio Marques Mendes diz, o mundo está a ficar cada vez mais perigoso, incluindo a Europa. Como é possível um político que se assusta com o perigo pretender ser eleito PR num mundo mais perigoso? No fundo, Marques Mendes não faz a mínima ideia do que é liderança política. Muito menos, num mundo cada vez mais perigoso.
Há na Europa um bom exemplo de quem mostrou liderança política na sua reação à guerra entre Israel e o Irão. Após o início da guerra esse líder europeu fez a seguinte declaração: “Israel está a fazer o trabalho sujo por todos nós. Nós na Europa também somos vítimas do regime iraniano. Um regime que trouxe destruição e mortes ao mundo.” Esse líder chama-se Merz e é o novo Chanceler alemão. Marques Mendes tem muito a aprender com os verdadeiros líderes políticos. No fundo, não passa de um comentador populista que se limita a dizer o que acha que lhe dá mais votos.