rr.pt - 18 jun. 14:34
Mario Draghi vence Prémio Princesa das Astúrias da Cooperação Internacional 2025
Mario Draghi vence Prémio Princesa das Astúrias da Cooperação Internacional 2025
Em setembro de 2024 apresentou um relatório, encomendado pela Comissão Europeia, sobre o futuro da economia europeia e as reformas necessárias para ganhar competitividade.
O político e economista Mario Draghi, ex-primeiro-ministro de Itália e antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE), venceu o Prémio Princesa das Astúrias da Cooperação Internacional 2025, anunciou a Fundação Princesa das Astúrias em Oviedo, Espanha, esta quarta-feira.
Mario Draghi é " uma figura fundamental na defesa da integração europeia e da cooperação internacional", sendo "amplamente reconhecido" o seu firme compromisso "com os valores fundamentais e o progresso da União Europeia", justificou o júri do prémio, num comunicado divulgado pela Fundação Princesa das Astúrias.
Mario Draghi, nascido em Roma em 1947, chegou à liderança do BCE em novembro de 2011, num momento marcado pela crise financeira internacional, e manteve-se no cargo até outubro de 2019.
O júri do Prémio Princesa das Astúrias da Cooperação Internacional 2025 destacou hoje que ao longo da sua trajetória, Mario Draghi "promoveu o multilateralismo, a cooperação entre os Estados-membros e o fortalecimento institucional e económico da União [Europeia]", assim como o papel do bloco comunitário no contexto global.
"Símbolo de uma Europa unida, livre, forte e solidária, defendeu com independência e visão de longo prazo o crescimento e a melhoria da competitividade, centrada em três transformações: inovação, descarbonização e segurança económica, apelando a políticas comuns de saúde, transição energética e digitalização", acrescentou o júri.
Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário" realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
São atribuídos oito galardões todos os anos, em diversas áreas, e cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, entregues numa cerimónia solene com a Família Real espanhola, em Oviedo, no norte de Espanha, em outubro.
Este foi o oitavo e último prémio deste ano, naquela que é a 45.ª edição destes galardões.
Nas últimas semanas, a Fundação Princesa das Astúrias anunciou a atribuição do Prémio Princesa das Astúrias da Investigação Científica e Técnica 2025 à cientista norte-americana Mary-Claire King, que identificou genes associados ao cancro da mama e dos ovários.
O prémio da Concórdia foi para o Museu Nacional de Antropologia do México, o do Desporto foi atribuído à tenista norte-americana Serena Williams, o de Comunicação e Humanidades ao filósofo e ensaísta alemão de origem sul-coreana Byung-Chul Han, o das Letras ao escritor espanhol Eduardo Mendoza, o das Ciências Sociais ao sociólogo e demógrafo norte-americano Douglas Massey, e o das Artes à fotógrafa mexicana Graciela Iturbide.