www.publico.ptpublico.pt - 18 jun. 16:58

“Se a derrota do Irão for decisiva, a queda do regime é inevitável”

“Se a derrota do Irão for decisiva, a queda do regime é inevitável”

No episódio desta semana do podcast Diplomatas olhamos para o conflito Israel-Irão e para o G7 no Canadá e fazemos a antecipação da próxima cimeira de líderes da NATO nos Países Baixos.

Na sequência do pior ataque sofrido pelo Irão em 40 anos, às mãos de Israel, o episódio desta semana do podcast Diplomatas (PÚBLICO e IPRI-NOVA) foca-se no conflito directo entre duas das principais potências do Médio Oriente, na forma como ele é entendido pelos líderes políticos de ambas as partes e na potencial resposta dos Estados Unidos a mais um eixo de instabilidade na região.

Teresa de Sousa sublinha que, “ao contrário da guerra em Gaza, que se prolonga e que atinge níveis de violência contra os palestinianos absolutamente desumanos e intoleráveis”, a “obsessão” de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita, com o Irão, reúne apoio popular em Israel.

Com Donald Trump a garantir que os EUA não querem, “por enquanto”, “matar” o Guia Supremo da República Islâmica, Ali Khamenei, mas sem excluir uma potencial participação norte-americana no conflito, ao lado de Israel, a jornalista lembra que só os EUA é que têm capacidade para desmantelar o programa nuclear iraniano através de meios militares.

Noutra linha de raciocínio, o investigador Carlos Gaspar acredita que “se a derrota do Irão for decisiva, a queda do regime é inevitável”, até, argumenta, tendo em conta o facto de Israel estar a “decapitar o centro de decisão militar” iraniano, criando “um vazio do poder à volta” de Khamenei.

Do Médio Oriente passamos para Kananaskis, no Canadá, palco da cimeira do G7, que só contou com Trump no primeiro dia, não permitindo novo encontro com Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia.

Tirando o “número” protagonizado pelo líder norte-americano, Carlos Gaspar salienta o “parágrafo particularmente crítico em relação à China” na declaração do primeiro-ministro canadiano e anfitrião do encontro, Mark Carney, e Teresa de Sousa, fazendo a ponte para a cimeira da próxima semana da NATO em Haia, nos Países Baixos, sublinha que “Trump tem um profundo desprezo por qualquer organização multilateral”.

Ainda sobre a exigência dos EUA de pôr os Estados-membros da Aliança Atlântica a fixarem as respectivas despesas militares na ordem dos 5% do PIB, Carlos Gaspar olha para a promessa de Luís Montenegro de antecipar a chegada de Portugal aos 2% e defende uma mudança de postura.

“É indispensável que as autoridades portuguesas – assim com as autoridades espanholas e italianas – tomem a sério a questão da defesa nacional e da defesa europeia, e deixem de fazer figuras ridículas”, critica o investigador. “Não basta os 3,5% ou os 2%; é preciso demonstrar que Portugal é um produtor de segurança internacional.”

Texto de António Saraiva Lima​

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