rr.ptrr.pt - 19 jun. 20:35

​Agora venham as reformas

​Agora venham as reformas

O debate do programa do governo, o ataque israelita ao Irão, a candidatura a Belém de António José Seguro e o proceesso dos Anjos contra Joana Marques são alguns dos temas em debate nas Novas Crónicas da Idade Mídia desta semana.

Notícia nas primeiras páginas dos jornais desta quarta-feira, 18 (Público, JN, CM). A PJ desmantelou um grupo fortemente armado, denominado Movimento Armilar Lusitano, que integrava um chefe da PSP. Foi a ameaça de ataque ao Parlamento que alertou a Judiciária. É a primeira vez que a PJ apreende armas 3D (operação Desarme 3D).

Está feito o debate sobre o programa do Governo. BE e Livre votaram a moção de rejeição do PC. PS, IL e Chega viabilizaram o documento. Agora venham as reformas.
Lei da nacionalidade, redução do IRS, Lei laboral, que precisa de ser revista. Veja-se o caso do plenário de trabalhadores do Metro, marcado para a noite de Santo António que, conjugada com a greve da Carris, deixou os lisboetas sem transportes na noite de festa da cidade.
E o plano para os Media? Não se ouviu. Também não se ouviu Governo e oposições falarem da guerra, das armadilhas do Mundo e dos problemas da Europa. Portugal vive numa bolha.

Isto apesar de após o raid israelita sobre Teerão e a retaliação iraniana quase imediata, se ter percebido logo que não se tratava de um ataque, mas de uma guerra. Que escalou, com os dois países a serem fustigados por sucessivas vagas de mísseis.

A ���conversa” nas redes sobre a eliminação de Khamenei é obscena, para dizer o mínimo. Ainda esta terça-feira, 17, Trump dizia: “sabemos exatamente onde está o Líder Supremo mas não o vamos matar, pelo menos por agora”. Nunca esta linguagem tinha sido usada por um dirigente mundial, mesmo informalmente. O presidente norte-americano transferiu definitivamente os assuntos de Estado para as redes sociais? Ou não sabe fazer de outra maneira?
A escalada só termina com o fim do regime de Teerão? Será que o Ocidente já se esqueceu do que aconteceu no Iraque, com a remoção de Saddam? E na Líbia, com a deposição de Kadafi?

Desfile militar em Washington no fim de semana passado (sábado, 14) para comemorar os 250 anos das FA norte-americanas e o aniversário (79) de Donald Trump. A última parada foi em 1991, após a Guerra do Golfo.
Ao mesmo tempo que a Casa Branca gastava 40 milhões de dólares no evento, o país manifestava-se contra Trump (2000 ações, dizem os Media); uma congressista democrata e o marido foram mortos a tiro; um senador foi removido, algemado, de uma conferência de imprensa da Secretária de Estado norte-americana da Segurança Interna, quando tentou fazer uma pergunta no momento em que a governante falava de imigração e das manifestações em LA.
No caso do assassínio da congressista, Trump condenou o ataque garantindo que "tal nível de violência não será tolerado nos Estados Unidos", mas o governador do Minnesota, Tim Walz, não alterou a sua posição: tratou-se de um "assassinato com motivações políticas".

Talvez sob o efeito Trump, o Jornal Nacional da TVI apresentou esta semana (segunda, 16) um programa de apanhados. O pretexto é discutir questões sociais e comportamentos cívicos. Os meios tradicionais vão ceder em toda a linha às redes sociais?

O El País, jornal espanhol de Madrid, despediu a sua diretora, Pepa Bueno, por alinhamento com o PSOE, de Sanchez. O que é curioso, e talvez extraordinário, é que foi esta mesma diretora quem dispensou Fernando Savater, um dos grandes pensadores espanhóis, há pouco mais de um ano, por ter escrito na sua coluna habitual que o jornal estava cada vez mais alinhado com o governo de Sanchez.

António José Seguro apresentou formalmente a sua candidatura a Belém. O ex-secretário-geral socialista diz que a candidatura não é partidária. E não é. Seguro tem sido destratado na praça pública por alguns senadores do Largo do Rato e o PS diz que analisará as propostas que aparecerem na sua área política. Seguro não se fica: “afastei-me quando podia dividir, volto agora para unir”. E assegura que a sua candidatura é popular. “Venham e tragam outro amigo também”. Para já apareceu Manuel Alegre.

Em suplemento ao programa, nos Grandes Enigmas, a diferença entre os clubes da Europa do futebol, chamada assim há uns anos, e boa parte do planeta é tremenda. Como vai impor-se o Mundial de Clubes, no atual modelo, com este desnível competitivo?
O processo dos Anjos contra Joana Marques chegou a julgamento. Os Tribunais gastam tempo e dinheiro com coisas destas?
O que ia na cabeça de um repórter da RTP decidir ouvir um miúdo de 10 anos na manifestação junto à embaixada de Israel?

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