observador.ptobservador.pt - 19 jun. 01:09

PCP diz que moção de cesura serviu para clarificar posições sobre a política do Governo

PCP diz que moção de cesura serviu para clarificar posições sobre a política do Governo

Paulo Raimundo declarou que a moção de censura que apresentou, ainda que tenha chumbado, mostrou quem apoia o programa do Governo, que vê como "uma declaração de guerra a quem trabalha".

O secretário-geral do PCP afirmou esta quarta-feira, em Palmela, que o programa do Governo é uma “declaração de guerra a quem trabalha”, para justificar a moção de censura dos comunistas que, “embora chumbada, clarificou o posicionamento das diferentes for��as políticas”.

“Terminámos hoje [esta quarta-feira] a discussão do programa do Governo. É um programa de um Governo que afronta a vida difícil das pessoas, é uma declaração de guerra a quem trabalha, àqueles que põem o país a funcionar, os que criam a riqueza, os que põem a própria economia a funcionar, um caminho desastroso que o PCP podia deixar passar em claro”, disse.

“E essa é a razão fundamental pela qual apresentámos e foi a votos a moção de censura. Ela foi chumbada, é verdade, mas teve duas grandes virtudes: a primeira é que obrigou ao debate, nos termos em que eram necessários que o debate fosse feito; e a segunda é que clarificou o posicionamento de cada um”, acrescentou Paulo Raimundo, que falava a centenas de pessoas na apresentação dos candidatos autárquicos da CDU em Palmela, no distrito de Setúbal.

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Para o líder comunista, a moção de censura do PCP deixou claro quem suporta a “política injusta” que o atual Governo se prepara para colocar em prática na atual legislatura.

“O Chega, a Iniciativa Liberal e o Partido Socialista formam o trio que sustenta essa política que cheira a troika. Ora, nós não precisamos de políticas que cheirem a troika, precisamos é que se cumpra a vida melhor a que todos temos direito, que a Constituição da República tenha uma tradução na vida de todos e todos os dias, em todos os seus artigos, no artigo 70 da juventude, no artigo 65 do direito à habitação, no artigo 64 daquilo que garanta a saúde para todos de forma igual, independentemente das condições financeiras de cada um”, disse.

“É isto que nós precisamos, que se cumpra a Constituição em todos os seus artigos, que cada um seja uma realidade. E a vida da maioria será certamente melhor”, acrescentou o líder comunista.

Na sessão pública realizada no Largo de São João, em que foram apresentados os candidatos da CDU em Palmela, liderados pela cabeça de lista Ana Teresa Vicente, Paulo Raimundo apelou ainda à participação de todos na marcha “Cumprir a Constituição, aumentar salários e pensões para uma vida melhor”, promovida pelo PCP no próximo dia 26 de junho, em Lisboa e no Porto.

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