rr.pt - 8 jul. 09:27
Novo encontro entre Trump e Netanyahu está em aberto
Novo encontro entre Trump e Netanyahu está em aberto
Houve progressos nas negociações indiretas entre Hamas e Israel que decorrem em Doha.
Um membro do alto escalão diplomático de Israel citado pelo jornal Israel Hayom disse que um novo encontro entre Trump e Netanyahu pode ocorrer "se os acontecimentos o justificarem".
A sugestão é que se houver avanços nas negociações entre Israel e Hamas ou até a possibilidade de um acordo entre Israel e Síria, haveria uma nova reunião entre os dois líderes.
Uma fonte israelita disse ao jornal que "a resposta do Hamas no Catar foi essencialmente um 'não'". Segundo esta fonte, um avanço significativo "pode levar mais do que alguns dias".
A Renascença apurou que, apesar disso, houve progressos nas negociações indiretas entre Hamas e Israel que ocorrem em Doha.
Sobre o fim da guerra na Faixa de Gaza, este mesmo membro do alto escalão diplomático israelita afirma que o colapso do regime do Hamas deve também impedir que o Hamas tenha a capacidade de distribuir a ajuda humanitária aos moradores.
A Renascença também obteve a informação de que este é um dos principais pontos de impasse nas negociações em Doha; o Hamas quer que a ajuda humanitária seja distribuída por agências da ONU que operam em Gaza, como a UNRWA (a agência da ONU dedicada aos refugiados palestinianos) e a Cruz Vermelha.
Israel acusa o Hamas de se apropriar dos carregamentos e vendê-los a preços muito acima do mercado à própria população palestiniana de forma a financiar a luta armada. Além disso, Israel já acusou no passado vários dos funcionários da UNRWA de serem eles mesmos membros do Hamas.
Em agosto de 2024, o porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, comunicou o desligamento de nove funcionários da agência após investigações internas.
"Para essas nove pessoas, havia evidências suficientes para concluir que elas podem ter se envolvido nos ataques de 7 de outubro de 2023", disse na época.
No entanto, a ONU considera que se trata de casos pontuais, mas não de um amplo envolvimento da UNRWA com o grupo palestiniano. A agência emprega 32 mil pessoas, sendo 13 mil na Faixa de Gaza. Israel acusa 450 funcionários de serem membros de grupos terroristas em Gaza.