sol.sapo.pt - 8 jul. 13:00
Dinamarca quer acelerar reforço da defesa da UE
Dinamarca quer acelerar reforço da defesa da UE
Mette Frederiksen considerou os 27 países do bloco político-económico “muito mais do que o alcance dos países e a soma das populações”.
A primeira-ministra da Dinamarca assumiu esta terça-feira o reforço da segurança como a prioridade da presidência do Conselho da União Europeia (UE). A Polónia tinha feito o mesmo no primeiro semestre.
“A Europa vai ser forjada pelas suas crises, e vai ser a soma de todas as soluções adotadas para resolver essas crises”, disse Mette Frederiksen citando Jean Monnet, considerado um dos “arquitetos” da UE. A primeira-ministra dinamarquesa acrescentou que “estas palavras são hoje mais verdadeiras do que nunca”.
Durante um debate sobre as prioridades da presidência do Conselho da UE, que Copenhaga detém até dezembro, Mette Frederiksen fez uma reedição da prioridade da presidência polaca que ocupou a primeira metade de 2025: reforçar a segurança dos 27 países do bloco comunitário.
Para a primeira-ministra dinamarquesa, o continente europeu está a enfrentar o “maior desafio desde a década de 1940” e está a braços com “a guerra brutal de [Vladimir] Putin” contra a Ucrânia, a pressão nas fronteiras externas e um conflito no Médio Oriente“ e as consequências socioeconómicas que derivam destes acontecimentos.
Para a presidência dinamarquesa, é necessário continuar todo o trabalho que começou em janeiro e até antes, nomeadamente a conclusão do acordo com os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai), avançar na competitividade da UE e, sobretudo, continuar a reforçar as áreas da defesa e segurança.
“Temos de saber levantar-nos pelos nossos próprios meios”, defendeu, pedindo um reforço da indústria da defesa com os olhos postos na Ucrânia. A Ucrânia desenvolveu uma “impressionante indústria da defesa, produzindo mais e com mais rapidez“ do que a UE, enquanto “está a combater numa guerra”.
“Devemos continuar a apoiá-los, como pudermos e pelo tempo que for necessário”, acrescentou Mette Frederiksen, que considerou os 27 países do bloco político-económico “muito mais do que o alcance dos países e a soma das populações”.
Para a primeira-ministra dinamarquesa, a UE é, “acima de tudo, uma ideia”, que se escreve pelo respeito “pela liberdade, democracia e o Estado de direito”. A Dinamarca vai encabeçar a presidência rotativa do Conselho da União Europeia até dezembro de 2025.