publico.pt - 8 jul. 18:11
O que fazer? Quarta é dia de dançar e evocar o fulgor
O que fazer? Quarta é dia de dançar e evocar o fulgor
O Salvado de Olga Roriz, a Bienal de Arte Contemporânea da Maia, as canções de Samuel Úria, Carlos Paredes por Mário Laginha e o beat do Afro Nation.
LISBOA São Luiz Teatro Municipal. De 9/7 a 12/7. Quarta a sábado, às 20h. M/12. 12€ a 15€
O que fica (ou se salva) de um percurso de sete décadas de vida e cinco de carreira? É esta a questão que dá o tom à nova criação de Olga Roriz.
A coreógrafa e bailarina – que em 2015, aquando da estreia do seu último solo, A Sagração da Primavera, declarou que “nunca deixaria de dançar” – tem na dança a sua matéria de salvação. Fruto de um longo processo de criação que envolveu várias residências artísticas, O Salvado apresenta-se como um auto-retrato e um momento de partilha sobre “o que do passado, presente e futuro se desprende e produz vida”, descreve a sinopse.
Uma produção da Companhia Olga Roriz com o apoio do Teatro Nacional São João, o São Luiz Teatro Municipal, o Teatro Aveirense e o Cineteatro Louletano. Depois de Lisboa, a dança segue para Setúbal (dia 18 de Julho, no Fórum Cultural Luísa Todi).
Bienal de Arte Contemporânea da MaiaMAIA Fórum da Maia. De 3/7 a 14/9. Terça a domingo, das 10h às 22h. Entrada livre
Com o Fulgor a acertar o passo desta edição, a bienal evoca os escritos de Maria Gabriela Llansol (1931-2008) e a defesa da “urgência de uma liberdade vivida, enraizada na imaginação e nos afectos – uma liberdade que não se esgota na consciência, mas que se manifesta no acto poético, na criação sensível e na vida partilhada”, assim dita o comunicado. Com curadoria de Manuel Santos Maia, o programa desenrola-se em exposições, performances, concertos, workshops, conversas, residências artísticas, visitas, oficinas e uma feira de publicações.
Eduardo Batarda e Ana Manso são outros dos artistas homenageados no cartaz, que traça também um panorama da arte de Moçambique à boleia da recente comemoração dos 50 anos de Independência do território. Neste domínio, podem ver-se obras de Alberto Chissano, Malangatana, Ruben Zacarias, Gonçalo Mabunda, Estevão Mucavele, Reinata Sadimba, Merina Amade e Julia Nacheque, entre outros. O mapa detalhado está disponível em www.bienaldamaia25.pt.
Samuel ÚriaBRAGANÇA Teatro Municipal. Dia 9/7, às 21h. M/6. 7€
“O ano 2000 está quase a chegar”. O aviso vem de Samuel Úria que se propõe a cantar um futuro com duas décadas de existência que, apesar de ultrapassado, tarda em chegar.
Das previsões esperançosas e optimistas de um progresso ao cruzar do ano 2000 à ideia de que, “por muito que mude o papel, a caligrafia garatujada segue igual”, com “os anos a avolumarem-se de forma trivial” e os sinais de regressão civilizacional bem presentes, o "trovador das patilhas" convida a entrar no imaginário de 2000 A.D. e noutros temas da sua safra. Lenço enxuto, É preciso que eu diminua, Teimoso, Fica aquém, A contenção, Quem me aquece a voz e Um adeus português são alguns dos temas que deverão passar no alinhamento.
Afro NationPORTIMÃO Praia da Rocha. De 9/7 a 11/7, a partir das 16h. M/18. 137€ (dia), 349€ (passe)
Apresenta-se como “o maior festival de afrobeats do mundo” e traz uma quinta edição alinhada com mais de 30 nomes e figuras como Chris Brown, Mary J. Blige, Burna Boy, Tems, Booba ou Davido. Mais em www.afronation.com.
Quarteto Mário LaginhaCALDAS DA RAINHA Centro Cultural e Congressos. Dia 9/7, às 21h. M/6. 12,50€
Por ocasião do centenário do nascimento de Carlos Paredes, o pianista e compositor Mário Laginha lança-se à obra do mestre da guitarra portuguesa, propondo uma “interpretação inovadora e profundamente emotiva”, matéria do espectáculo que presta homenagem à tradição e celebra a contemporaneidade. A acompanhar Laginha estão Julian Argüelles (saxofone), Romeu Tristão (contrabaixo) e João Pereira (bateria). O concerto faz parte do cartaz do SIPO - Festival Internacional de Piano do Oeste, em cena até 25 de Julho.