eco.sapo.pteco.sapo.pt - 8 jul. 11:34

Há mais mulheres a trabalhar na cultura, mas têm salários mais baixos do que eles

Há mais mulheres a trabalhar na cultura, mas têm salários mais baixos do que eles

Fosso entre mulheres e homens no emprego na cultura é o mais baixo em quase década e meia, mas elas continuam a ocupar mais empregos com piores salários.

mais mulheres a trabalhar no setor da cultura na União Europeia. Mas tendem a ocupar empregos com piores salários face aos exercidos pelos homens. Os dados foram divulgados esta terça-feira pelo Eurostat, que indica que, em todas as atividades analisadas nesse setor, a percentagem de mulheres com baixos ordenados é maior do que a de homens.

Comecemos pelo emprego. Entre 2015 e 2024, o fosso de género no emprego no setor cultural na União Europeia caiu de 6,4 pontos percentuais para 0,8 pontos percentuais. Assim, no último ano, 50,4% dos empregos culturais eram ocupados por eles, e 49,6% por elas.

“Tal corresponde ao fosso de género no emprego cultural mais baixo na última década e desde que há dados (2011)“, assinala o gabinete de estatísticas, e mostra o gráfico abaixo.

Entre os vários Estados-membros da União Europeia, em vários a participação feminina neste setor até excedeu a masculina, nomeadamente na Letónia (com um fosso de 32,6 pontos percentuais a favor das mulheres), e na Estónia (24,2 pontos percentuais).

Já em 11 países do bloco comunitário, a participação masculina superou a feminina, nomeadamente em Espanha e em Itália (dez pontos percentuais a favor dos homens). “Já a Grécia, Roménia e Roménia registaram um fosso de género do emprego cultural quase inexistente“, acrescenta o Eurostat.

Apesar de haver hoje mais mulheres a trabalhar neste setor, esse maior equilíbrio de género “continuou a não ter reflexo nos rendimentos”, alerta o gabinete de estatísticas, no destaque publicado esta manhã.

Em concreto, 16,1% das empregadas deste setor estavam em postos de trabalho com baixos salários (ou seja, recebiam dois terços ou menos do rendimento mediano nacional por hora). Em comparação, 11,2% dos homens estavam nessa situação.

“Esta disparidade também é evidente, quando fazemos uma análise por atividade cultural, já que a fatia de mulheres a ganhar baixos salários foi maior em todas as atividades selecionadas“, destaca o Eurostat.

Só um em cada cinco especialistas de TIC é mulher

O Eurostat publicou esta manhã também os dados relativos aos empregos nas tecnologias de informação e comunicação, avançando que em 2024 mais de dez milhões de pessoas trabalhavam como especialistas desse setor na União Europeia. É o correspondente a cerca de 5% do emprego total do Velho Continente.

Entre os vários Estados-membros, a Suécia (8,6%), o Luxemburgo (8%) e a Finlândia (7,8%) registaram as maiores percentagens de empregados em TIC, o que contrasta com a Grécia (2,5%), a Roménia (2,8%) e Itália (4%).

Por outro lado, o Eurostat observa que só um em cada cinco especialistas em TIC era do género feminino. “As mulheres eram 19,5% dos especialistas em TIC empregados na União Europeia em 2024, enquanto os homens eram 80,5%”, precisa o gabinete de estatísticas, que refere que a participação feminina mais baixa foi registada na Chéquia (13%) e mais alta na Estónia (27,6%).

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