eco.sapo.pt - 8 jul. 11:49
Supervisor dos seguros insiste na criação do fundo sísmico. “Estamos expostos”
Supervisor dos seguros insiste na criação do fundo sísmico. “Estamos expostos”
Proposta já foi entregue ao Governo, mas até agora "não houve qualquer reação concreta e objetiva", lamenta a líder da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, Margarida Corrêa.
A presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Margarida Corrêa de Aguiar, insiste na importância da criação do fundo para risco sísmico. A proposta foi entregue ao Governo no final do ano passado, mas até agora ainda “não houve qualquer reação concreta e objetiva” por parte do Executivo.
“A proposta para a criação do fundo sísmico foi entregue ao Governo no final do ano passado e até agora não tivemos uma reação objetiva e concreta sobre essa matéria”, lamentou a presidente da ASF no 4.º Fórum Nacional de Seguros que está a decorrer esta terça-feira na Alfândega do Porto.
“Não há vida em sociedade se não tivermos a capacidade de observar os riscos atuais”, apontou Margarida Corrêa de Aguiar, naquela que será uma das suas últimas presenças públicas enquanto titular do cargo – cujo mandato agora termina e não é renovável.
Maria Margarida Corrêa de Aguiar, presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF)Pedro Granadeiro/ECO
Apenas 19% das habitações do país estão protegidas com seguros que cobrem danos causados por sismos, recorda a presidente da ASF. “Estamos expostos“, atesta Margarida Corrêa de Aguiar.
A criação do Fundo Sísmico e para Desastres Naturais foi um dos temas esquecidos no programa do XXV Governo Constitucional. A líder da ASF reforça que é “uma iniciativa estrutural” e pede a todos os intervenientes do setor para “se pronunciarem de forma a obterem o máximo de informação útil para a construção deste mecanismo”.
O projeto da ASF prioriza o risco sísmico e o alargamento posterior a todos os riscos catastróficos e não pressupõe apenas a cobertura de riscos para as habitações, como também os setores do comércio e da indústria. “Será um mecanismo migratório“, detalha Margarida Corrêa de Aguiar.
(Notícia atualizada às 12h12 com mais informação)