João Vieira Pereira - 7 ago. 22:57
Um país moderno só para alguns
Um país moderno só para alguns
Não podemos querer ser o país cosmopolita, dos empreendedores, das lojas de moda internacional, dos cafés da tosta de abacate e dos sumos de espinafre com gengibre, dos turistas milionários, dos resorts de luxo com praias semiprivadas, da Web Summit, dos nómadas digitais, e ao mesmo tempo ter uma legislação laboral que ainda acha que estamos no tempo das linhas de produção de Henry Ford
No ano passado, poucos meses depois de tomar posse e quando muitos ainda vaticinavam poucas hipóteses de uma longa sobrevivência, o Governo carimbava o seu estilo. Montenegro ao volante de um buldózer. Uma máquina de intenções que leva tudo à frente, criando uma enxurrada mediática com as coisas que pretende fazer. Um ano depois repete o mesmo padrão. Em poucos meses, o primeiro-ministro coloca todas as brasas no assador ao mesmo tempo. Imigração, reagrupamento familiar e lei da nacionalidade, baixa de impostos para particulares e empresas, suplemento extraordinário de pensões, alterações curriculares com especial destaque para a disciplina de Cidadania, proibição de telemóveis nas escolas, reprivatização da TAP, lançamento da reforma do Estado e leis do trabalho.
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