rr.pt - 8 ago. 23:52
Ministro israelita da linha dura critica plano de ocupação de Gaza
Ministro israelita da linha dura critica plano de ocupação de Gaza
Bezalel Smotrich considera que o plano é uma farsa e que não irá concretizar aquele que é seu objetivo fundamental: reconquistar a Faixa de Gaza e restabelecer colonatos israelitas.
Um dos elementos mais radicais da atual coligação de governo israelita, o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, é crítico ao plano faseado de ocupação da Faixa de Gaza aprovado pelo gabinete de segurança.
"Esta não é uma operação para conquistar Gaza, assumir o controlo militar total do território e pressionar por um resultado decisivo — a única maneira de garantir a vitória, a segurança duradoura e o retorno dos reféns. Mas é uma operação específica e perigosa cujo único propósito é levar o Hamas de volta à mesa das negociações. Este não é um objetivo da guerra”, disse Bezalel Smotrich, em comunicado.
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Num momento em que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, recebe uma série de condenações internacionais e lida até com o anúncio de um embargo de armamento por parte da Alemanha, o principal país aliado de Israel na Europa, a declaração oficial de Smotrich aponta críticas por motivos distintos.
O ministro acredita que o plano é uma farsa e que não irá concretizar aquele que é seu objetivo fundamental: reconquistar a Faixa de Gaza e restabelecer colonatos israelitas 20 anos após Israel ter retirado todos os judeus do território e desmantelado todos os colonatos.
Em paralelo, a agência de notícias Associated Press revela que mediadores de Egito e Catar procuram alcançar um novo acordo-quadro que inclua a libertação de todos os reféns israelitas, vivos e mortos, de uma só vez em troca do fim da guerra e da retirada das forças israelitas do território. Em foco, um caminho alternativo sobre as armas do Hamas.
Há discussões em andamento sobre o "congelamento de armas", uma saída intermédia. Ou seja, o Hamas continuaria com as armas, mas não poderia usá-las.
Segundo informação obtida pela Renascença, é muito improvável que Israel venha a aceitar esse caminho.
Israel exige o completo desarmamento do grupo extremista palestiniano.