observador.pt - 9 ago. 00:03
Autárquicas. Rui Sequeira é o candidato do ADN à Câmara de Gaia
Autárquicas. Rui Sequeira é o candidato do ADN à Câmara de Gaia
Candidato às autárquicas indica que a primeira bandeira da ADN em Vila Nova de Gaia relaciona-se com a situação de descontrolo da imigração, pelo que propõe a fiscalização de certidões de residência.
O consultor de gestão industrial de 53 anos Rui Sequeira é o candidato do ADN à Câmara de Vila Nova de Gaia, onde quer resolver “o descontrolo da imigração”, os problemas de mobilidade, habitação e sociais.
“Estou muito preocupado com a situação da cidade. É um concelho com graves problemas e nós olhamos e é sempre mais do menos, mais do sistema. O nosso objetivo principal, tendo os pés assentes na terra e conhecendo bem a realidade de Vila Nova de Gaia, é eleger para a Assembleia Municipal. A primeira [grande bandeira do ADN] tem muito a ver com o descontrolo da imigração. Propomos a fiscalização de certidões de residência”, disse esta sexta-feira à Lusa o candidato.
Apontando que vive em Gaia, no distrito do Porto, há 30 anos, o coordenador da concelhia de Gaia e membro da distrital do Porto do ADN diz ver a realidade atual “muito difícil” para quem ali vive, porque “se as coisas estão dimensionadas a nível local para uma população, a agravante da entrada de muitos imigrantes, muitos deles ilegais, leva a outros temas como o acesso à habitação, ao ensino logo no pré-escolar, etc.”. “E depois temos estas novas tendências, as novas autorizações para mudar o destino ou a tipologia de frações, nomeadamente de lojas que passam a ser habitação e onde colocam lá 20, 30 beliches com 50 ou 100 pessoas. Há que requerer a tal fiscalização”, referiu à Lusa.
Rui Sequeira, que foi candidato nas eleições Europeias em junho do ano passado pelo Partido Nova Direita e entrou no ADN em novembro, apontou a mobilidade como segunda bandeira da sua candidatura. Para o candidato, a rede de autocarros Unir “foi, do ponto de vista da mobilidade, do pior que aconteceu em Gaia”, já colocar a estação de TGV “à entrada de Gaia, em Santo Ovídio, é um atentado” e acresce “o velho problema” do metro. É sua convicção que a nova linha “não serve de todo o principal interesse dos gaienses, porque foi alterada e o traçado original era melhor”.
A habitação é outro dos dossiês importantes do ADN de Gaia, que tem um plano chamado Apoio à Habitação das Famílias Gaienses e quer criar uma bolsa de imóveis privados, mas de gestão pública, ou seja, com a gestão da própria autarquia. “Temos também previsto um plano de fazer um levantamento exaustivo de todo o imóvel camarário. Passamos pelas ruas de Gaia e vemos imensos imóveis devolutos”, acrescentou.
Quanto ao apoio social, para Rui Sequeira, uma das grandes carências do concelho está nos cuidados continuados. “É um problema que se tende a agravar e sem grandes ações de resolução. Queremos criar uma rede com os bombeiros de Vila Nova de Gaia, apoiados pela Santa Casa da Misericórdia, para que haja um trabalho de campo. Fazer um levantamento de todos os idosos que estão abandonados que não têm condições, que precisam do nosso apoio, de comida, de higiene, etc.”, concluiu.
Além de Rui Sequeira, na corrida à Câmara de Vila Nova de Gaia são já conhecidas as candidaturas de André Araújo (CDU — coligação PCP/PEV), João Paulo Correia (PS), Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP/IL), Daniel Gaio (Volt) e João Martins (BE/Livre).
O executivo municipal é composto por 11 vereadores, tendo o PS nove e o PSD dois. O PS também lidera a Assembleia Municipal com maioria.
As eleições autárquicas realizam-se em 12 de outubro.
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