expresso.ptexpresso.pt - 9 ago. 15:06

Entrevista a Greg Ginn, o histórico dos Black Flag que salva gatos: “As celebridades deviam estar caladas, seja o Kid Rock ou o Springsteen”

Entrevista a Greg Ginn, o histórico dos Black Flag que salva gatos: “As celebridades deviam estar caladas, seja o Kid Rock ou o Springsteen”

Apesar de todos os membros que já passaram pela banda norte-americana, Greg Ginn é, efetivamente, os Black Flag: o fundador, guitarrista, principal compositor e letrista. 2025 viu-o dar novo ânimo ao grupo com a “contratação” de três jovens à procura de agitar a bandeira sem a qual não existiria o punk hardcore. A BLITZ foi ao seu encontro a Vagos, na véspera de uma atuação no Vagos Metal Fest, e a conversa acabou à volta de gatos

Greg Ginn não costuma dar entrevistas. Aliás: a última entrevista que deu, antes de a BLITZ se sentar com ele no hotel Meliá Ria, em Aveiro (na véspera da atuação dos Black Flag no Vagos Metal Fest), foi há mais de dez anos. Por vergonha, por opção, por acreditar que todas as respostas estão ali, na sua música? Dir-se-ia todas as três. Ginn, guitarrista nascido em 1954 em Tucson, no Arizona, é o principal responsável pela existência de uma vertente hardcore no punk, uma sonoridade que moldou sobretudo com “Damaged”, álbum-charneira do movimento, dos Black Flag, lançado em 1981.

E é, também, o principal responsável por existir uma cena underground nos Estados Unidos, ao ter percorrido o país de lés a lés, nos anos 80, tocando em cidades e vilarejos que de outra forma não conheceriam o punk, abrindo portas para todos os grupos subsequentes, fossem ou não acólitos dos três acordes. Não só: foi o fundador da famigerada SST, “casa” para bandas como Minutemen, Hüsker Dü ou, a dada altura, Sonic Youth. A história de toda a música alternativa não se faria sem ele.

Encontramo-lo envelhecido, mas sorridente, rindo de piadas em relação aos berbequins e martelos que se escutavam no hotel em obras, e que ameaçaram estragar a entrevista. Sobretudo, encontramo-lo com vontade: de continuar com os Black Flag (apesar das críticas dos fãs da velha guarda, que acreditam que a banda morreu com a saída de Henry Rollins), que se reuniram em 2003 para um concerto de beneficência, e que regressariam em pleno em 2013 e 2019; de continuar a fazer música desafiante; de continuar a ensaiar seis dias por semana. Desta feita, contratou três jovens para a banda: a vocalista brasileira Max Zanelly, o baixista David Rodriguez e o baterista Bryce Weston. Faz sentido: ‘Rise Above’ será sempre dos não-adultos, seja a nível físico ou mental.

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