rr.pt - 9 ago. 20:50
Migrantes que chegaram ao Algarve vão ser extraditados
Migrantes que chegaram ao Algarve vão ser extraditados
O Ministro da Presidência garante que todos os migrantes receberam os cuidados que necessitavam antes de serem presentes a um juiz. Dez pessoas apresentavam sinais de desidratação e hipotermia.
Os 38 migrantes que chegaram de barco, esta sexta-feira, à praia da Boca do Rio, em Vila do Bispo, no Algarve, vão ser extraditados, por ordem de juiz, indicou o ministro da Presidência aos jornalistas.
Em Olhão, no âmbito do Festival Marisco, António Leitão Amaro indicou aos jornalistas que não houve pedido de asilo e "não vale a pena especular sobre o assunto e o destino".
O ministro da Presidência explica que haverá dois mecanismos de extradição: o retorno voluntário, mais rápido e em parceria com entidades internacionais, ou o retorno forçado, que será mais demoroso e terá mais custos.
O governante garante que "as autoridades agiram bem e rapidamente" e as pessoas foram identificadas e reencaminhadas, em primeiro lugar, para locais "onde pudessem ser tratadas". Alguns migrantes foram mesmo conduzidos para um hospital.
Havia sete menores e seis mulheres entre os 38 migrantes. Dez pessoas apresentavam sinais de desidratação e hipotermia, e passaram a noite em hospitais.
Entre o grupo, 28 migrantes passaram a noite no posto local da GNR, apurou a Renascença, e dez estiveram sob observação em hospitais.
António Leitão Amaro refere que, durante todo o processo, "todos os direitos fundamentais das pessoas vão ser respeitados" e, até agora, houve "um cuidado humano".
"Quem chega ilegal a Portugal, sabe que as costas portuguesas funcionam", sublinha, ainda, apontando que, em menos de 24 horas, houve uma ação eficaz das autoridades e uma decisão judicial.
O grupo terá passado vários dias no mar, e presume-se que tenha partido de Marrocos, "uma vez que são todos nacionais de Marrocos", segundo o responsável da GNR, que apontou "o destino presumível" como "um ponto na Europa", e não necessariamente Portugal.