eco.sapo.pteco.sapo.pt - 14 ago. 18:09

Estado emprega mais de 760 mil trabalhadores, um novo recorde

Estado emprega mais de 760 mil trabalhadores, um novo recorde

No segundo trimestre, o número de postos subiu 1,5% em termos homólogos para 760.728, sobretudo à boleia do aumento nas autarquias, SNS e escolas. Ganho médio mensal ultrapassa os 2.200 euros.

O Estado empregava, no segundo trimestre do ano, mais de 760 mil funcionários, um novo recorde. Trata-se de um aumento de 1,5% ou de 11.030 postos de trabalho face ao período homólogo do ano passado. O impulso resulta sobretudo das contratações nas autarquias, Serviço Nacional de Saúde (SNS) e escolas, segundo a síntese estatística da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), publicada esta quinta-feira.

Esta evolução contraria a regra de uma entrada por cada saída, que tinha sido assumida pelo Governo em outubro, no relatório do Orçamento do Estado para 2025.

“A 30 de junho de 2025, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 760.728 postos de trabalho, assinalando um aumento de 1,5% em termos homólogos e de 0,2% face ao trimestre anterior”, de acordo com o mesmo relatório.

Face ao trimestre anterior, o aumento foi de 0,2% ou de mais 1.692 postos de trabalho. Já em relação a 31 de dezembro de 2011, início da série estatística, o incremente foi de 33.027 trabalhadores, o que corresponde a uma subida de 4,5%.

Este novo recorde do emprego público resultou tanto no aumento dos postos de trabalho na Administração Central como nas autarquias. A nível central, criaram-se mais 7.483 postos de trabalho, uma subida de 1,3%, em termos homólogos, que teve origem sobretudo na área governativa da Saúde, onde se recrutaram mais 3.656 funcionários, 1.258 dos quais para a carreira de enfermeiro, 667 para a carreira de técnico de diagnóstico e terapêutica e 606 para a carreira de assistente técnico. O setor da Educação, Ciência e Inovação também contribuiu para o aumento do emprego público, ao ter criado 3.019 postos de trabalho, dos quais 1.125 na carreira de educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário, 829 na carreira de assistente operacional e 652 na carreira de técnico superior.

Na administração local, empregaram-se, entre abril e junho, mais 4.705 funcionários, uma variação homóloga positiva de 3,4%, que “resultou principalmente do aumento de emprego público nos municípios e nas freguesias”, segundo a síntese estatística da DGAEP. “Nos municípios, o acréscimo de 3.837 postos de trabalho resultou sobretudo de mais trabalhadores nas carreiras de técnico superior, assistente técnico e assistente operacional. Nas freguesias, o maior contributo para o aumento de 652 postos de trabalho foi dado pela carreira de assistente operacional”, lê-se no mesmo documento.

De sinalizar que, em comparação com o segundo trimestre do ano anterior, verificou-se uma diminuição do número de postos de trabalho nas administrações regionais dos Açores e da Madeira e nos Fundos da Segurança Social.

Em comparação com o trimestre anterior (de janeiro a março), criaram-se mais 1.692 postos de trabalho, o que corresponde a uma variação de 0,2%, “sustentado pelo crescimento do emprego na administração local”, com mais 1.278 postos de trabalho, o que se traduziu numa variação de 0,9%, “e na administração central”, com mais 646 postos de trabalho, correspondente a um aumento 0,1%, e “que mais do que compensou a variação negativa ocorrida no mesmo período nos subsetores das Administrações Regionais dos Açores e da Madeira e nos Fundos da Segurança Social”, conclui o relatório.

“O aumento trimestral do emprego na administração central decorreu, principalmente, da variação positiva nas áreas governativas da Saúde e da Administração Interna (+630 e +510 postos de trabalho, respetivamente), que mais do que compensaram a diminuição registada na Educação, Ciência e Inovação (-803 postos de trabalho), decorrente do final do ano letivo com a cessação de contratos a termo de docentes do ensino superior e de trabalhadores nos estabelecimentos de ensino básico e secundário, em particular, técnicos superiores para atividades de enriquecimento curricular (AEC) e assistentes operacionais”, salienta a DGAEP.

“Na Saúde, o aumento de emprego no trimestre deveu-se principalmente à variação positiva nas carreiras de assistente operacional”, onde se criaram 468 postos de trabalho, e de enfermeiro, com a contratação de 218 trabalhadores para essa categoria, o que “mais do que compensou a quebra na carreira médica”, com menos 472 postos de trabalho, padrão que se verifica habitualmente no 2.º trimestre de cada ano” e que coincide com o início do período de férias de verão, segundo a síntese estatística.

Na Administração Interna, a variação positiva explica-se por fatores sazonais, uma vez que resulta do “recrutamento a termo de vigilantes da floresta na GNR para as operações de prevenção de incêndios durante o verão”, indica o mesmo relatório.

Ganho médio mensal ultrapassa os 2.200 euros

Pela primeira vez, o ganho médio mensal dos trabalhadores do Estado ultrapassou a fasquia dos 2.200 euros mensais brutos, dados de abril deste ano, de acordo com a DGAEP. Este valor inclui não apenas o salário base mas outras parcelas do rendimento como subsídios e prémios.

Em concreto, “o ganho médio mensal nas administrações públicas é estimado, para abril de 2025, em 2.223,70 euros”, correspondendo a um aumento trimestral de 2,6% e a uma variação homóloga positiva de 6,9%.

“A variação homóloga resulta do aumento da remuneração base média mensal, bem como da maioria das restantes componentes do ganho (como suplementos regulares e pagamentos por horas suplementares ou extraordinárias)”, explica a DGAEP.

(Notícia em atualização)

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