rtp.pt - 14 ago. 08:13
Portugal em alerta. A evolução da resposta a incêndios ao minuto
Portugal em alerta. A evolução da resposta a incêndios ao minuto
A ministra da Administração Interna anunciou esta quinta-feira que o Governo decidiu voltar a prolongar a situação de alerta em vigor no país devido ao elevado risco de incêndio até às 23h59 de domingo, 17 de agosto. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da reposta do dispositivo.
Na Lousã, o incêndio continua a preocupar as autoridades. Ainda assim, com o cair da noite, a situação ficou um pouco mais calma.
PUBO incêndio em Sátão tem seis frentes ativas. As chamas já chegaram a cinco concelhos.
Sernancelhe está cercada por dois incêndios: de um lado o fogo de Sátão, do outro o de Trancoso. PUBO incêndio que lavra esta quinta-feira nos concelhos de Portalegre e de Castelo de Vide tem "três frentes ativas", de acordo com a Proteção Civil. Os meios operacionais no terreno estão focados na defesa de habitações, pessoas e animais.
"Uma delas está a progredir junto à variante de Castelo de Vide, uma outra vai na direção de Póvoa e Meadas e aconteceu também uma forte reativação na retaguarda do incêndio (na Tapada do Loureiro, no concelho de Portalegre)", explicou.
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"Estamos a fazer o esforço máximo para não deixar ninguém sozinho", vincou, sublinhando a importância de salvaguardar vidas, mas também o património das pessoas e o património natural do país. Apontou que, ainda que o Governo possa estar a acompanhar todos os desenvolvimentos de forma "talvez discreta", esse acompanhamento está a ser feito de forma "muito próxima" e tentando ser "o mais eficaz possível". Luís Montenegro deixou para mais tarde quaisquer reflexões. "Não vou fazer uma avaliação disso porque estamos em plena guerra, não é a meio da guerra que vamos fazer essa discussão", afirmou. PUB O presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe , Carlos Santos, disse esta quinta-feira que o concelho está "a ser atacado" por dois incêndios distintos, tendo decretado emergência municipal e adaptado um pavilhão para apoiar população, de acordo com a agência Lusa. "Apesar dos quatro dias de esforços que fizemos, não foi possível segurar os incêndios e eles entraram e colocaram em risco muitas freguesias e populações e dividiu o concelho em duas partes, o que dificultou o combate", declarou Carlos Santos. Segundo o autarca, pelo lado de Sátão, distrito de Viseu, "o incêndio entrou em Sernancelhe e, neste momento, já chegou a Moimenta da Beira", concelho vizinho, também do distrito. E pelo o outro, que "veio de Trancoso (no distrito da Guarda) passou por Sernancelhe, onde continua a lavrar e andou até ao concelho de Penedono", no distrito de Viseu, esclareceu o autarca. Prejuízos de "milhões de euros" Carlos Santos adiantou que pediu ao comando nacional um "reforço de meios, quer terrestres, quer aéreos, mesmo compreendendo que não é só Sernancelhe que está a arder, mas que fosse articulado para minimizar os enormes prejuízos". Questionado sobre os prejuízos dos incêndios, o autarca explicou que "já são de grande monta, de milhões de euros. Para além da agricultura e da indústria, há também habitação, embora não tenha indicação que sejam de primeira, as que arderam serão de segunda habitação. Falta-me confirmar", afirmou.
Pelas 21h15 estavam no tereno 647 operacionais, apoiados por 210 meios terrestres, de acordo com a Proteção Civil.
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O incêndio de Trancoso que começou no sábado e parecia estar mais calmo durante a manhã desta quinta-feira, complicou-se a meio da tarde com as chamas a chegarem muito perto da aldeia de Mende Gordo, a menos de um quilómetro.
PUBO incêndio da serra da Lousã, no distrito de Coimbra, acima da localidade de Candal, continua a lavrar com duas frentes ativas. Durante a tarde foram evacuadas várias aldeias de Xisto por precaução.
PUBA ministra da Administração interna descreveu os incêndios em Portugal como uma calamidade nacional.
Considerando as previsões para sexta-feira, o Governo prolongou a situação de alerta até domingo. PUBEste ano já arderam em Portugal 75 mil hectares de floresta.
Isto representa um aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano passado.Portugal é o terceiro país da União Europeia com mais área ardida, apenas superado pela Espanha e pela Roménia, que são países com maior dimensão. PUB
O incêndio que deflagrou em Arganil na quarta-feira já chegou ao concelho vizinho de Pampilhosa da Serra e continua a alastrar-se devido à intensidade do vento, ameaçando as aldeias de Moura da Serra, Mourísia, Monte Frio e Relva Velha. Durante a tarde as pessoas em situação de risco, das aldeias de Moura da Serra e de Mourísia, foram retiradas das suas habitações.
"Houve efetivamente uma falha, uma falta de meios que prejudicou significativo uma janela de oportunidade que foi perdida e que foi completamente detetada e que não foi possível atuar devido à falta de meios no terreno", denunciou Luís Costa. PUB
O incêndio de Trancoso parecia estar mais calmo durante a manhã, mas a situação complicou-se a meio da tarde.
Em Cinfães, o incêndio dura há 12 dias, mas parece estar já a dar tréguas. Um homem foi detido esta quinta-feira por colocar fogo na serra do Alvão. PUBUma das situações mais delicadas desta quinta-feira ocorreu em torno de uma bomba de gasolina à entrada de Castelo de Vide, quando o vento forte fez projeções que passaram de um lado para o outro da estrada. Os militares da GNR apressaram-se a retirar todos os carros das imediações do posto de combustível e cortou a Estrada Nacional E.N 246-1.
No terreno encontram-se mais de 200 operacionais e meios aéreos que têm feito descargas de água nas últimas horas para evitar que o fogo avance. PUBO fogo de Arganil alcançou Pampilhosa da Serra.
Em Seia, a Casa do Povo chegou a abrigar 70 idosos, alguns pela terceira vez em diferentes anos.Em Arganil, ficaram feridos sete bombeiros que combatiam as chamas e em Monte Frio a população está de prevenção. PUB
O incêndio que começou no Sátão já avançou para Aguiar da Beira e Sernancelhe
Ficaram feridos quatro bombeiros e quatro civis. Foram assistidos no local.Habitantes e autarcas pediram mais meios aéreos. PUB
O incêndio em Sátão está a evoluir negativamente ao final da tarde desta quinta-feira e a desenvolver-se com seis frentes ativas em três concelhos diferentes de Aguiar da Beira e Sernancelhe. No terreno estão mobilizados 595 operacionais, apoiados por 191 meios terrestres e dez meios terrestres.
O repórter da RTP, João Santos Costa, está em Sernancelhe e explica que a coluna de fumo é tão extensa que não é possível distinguir incêndios distintos. PUB Em comunicado, o Governo destaca que o Exército já disponibilizou mais de 3.200 efetivos desde o início da época de fogos. Na passada quarta-feira, o ministro da Defesa, Nuno Melo, tinha afirmado na RTP3 que só não havia Forças Armadas a apoiar no combate aos incêndios porque "o poder político retirou o Estado do combate". "As Forças Armadas não podem fazer aquilo que não é da sua competência, não podem fazer aquilo que o poder político lhe retirou", explicou o ministro, atirando a culpa para governos anteriores. "As Forças Armadas não estão a combater fogos porque não podem combater fogos, porque o Estado as retirou da equação e nos últimos tempos com este Governo e um bocadinho com o anterior quis-se alterar este paradigma para que o Estado tenha meios para ajudar no combate", afirmou Nuno Melo.PUB
O incêndio na serra da Lousã, distrito de Coimbra, evoluía esta quinta-feira à tarde "com duas frentes" e obrigou à retirada preventiva de 53 pessoas de várias aldeias, numa situação descrita como "complicada" pelo presidente do município.
PUBUma das frentes do incêndio de Arganil que avançou, na quarta-feira, para Oliveira do Hospital, está a levar ao desespero o presidente do município, que disse que "está o caos" instalado, faltando bombeiros nas aldeias e meios aéreos.
PUBA ministra da Administração Interna anunciou esta quinta-feira que o Governo decidiu voltar a prolongar a situação de alerta em vigor no país devido ao elevado risco de incêndio, até às 23h59 de domingo, 17 de agosto. Maria Lúcia Amaral garante que a "ajuda internacional será pedida sem hesitação" se as autoridades operacionais assim o recomendarem.
"Perante a adversidade de 22 dias consecutivos de calor intenso não dar sinais de abrandar, o Governo vai prolongar uma vez mais a situação de alerta, até domingo", anunciou a ministra. Nos próximos três dias mantém-se no país todas as restrições e proibições impostas pela situação de alerta de risco agravado de incêndio, sublinhou. Maria Lúcia Amaral manifestou solidariedade a todos os afetados pelos incêndios e gratidão aqueles que estão na linha da frente do combate, nomeadamente bombeiros, Proteção Civil, Forças de Segurança e Forças Armadas, que segundo a ministra têm feito um trabalho notável e feito prova de "perseverança" e "unidade". "Temos o maior dispositivo de sempre"Questionada sobre as críticas feitas pelos autarcas sobre a falta de meios de combate, Maria Lúcia Amaral disse compreender a impotência e a revolta dos afetados perante esta situação mas assegurou que o país tem o maior dispositivo de sempre no terreno. "Temos o maior dispositivo de sempre no terreno, os Canadair portugueses que estavam inoperacionais já estão novamente a operar, e contamos ainda com dois meios adicionais de Marrocos", afirmou a governante. "Estamos a unir esforços e a reagir com todos os meios disponíveis", garantiu. PUB
O líder do PS afirmou esta quinta-feira que o ministro da Defesa "fez afirmações infundadas" e "faltou à verdade" sobre meios aéreos de luta contra os fogos numa entrevista dada ao 360 da RTP 3 na quarta-feira. José Luís Carneiro destacou que foram os socialistas a "garantir" capacidade de combate aos KC 390.
PUB Durante a tarde, um lar teve de ser evacuado por precaução. O autarca garante que há meios preparados e planos de contingência para retirar populações caso seja necessário. PUBO incêndio que começou em Portalegre já chegou a Castelo de Vide. Nos últimos minutos, as chamas aproximaram-se de um posto de abastecimento às portas de Castelo de Vide, levando os militares da GNR a evacuarem a zona.
PUBUma das frentes de fogo ativas no concelho de Arganil mudou de direção nas últimas horas devido à intensidade do vento e alastrou-se ao concelho vizinho de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, ameaçando as aldeias de Moura da Serra, Mourísia e mais recentemente Monte Frio e Relva Velha.
PUB Um incêndio na serra da Lousã, distrito de Coimbra, está a ser combatido por mais de 240 bombeiros, avançaram fontes autárquica e da Proteção Civil à agência Lusa. PUBO secretário-Geral do Partido Socialista afirmou esta quinta-feira que, com base nas informações tornadas públicas pelo presidente da República que alertou para "um dia muito complicado" no combate aos incêndios em Portugal na sexta-feira, faz sentido avançar para a situação de contingência.
Questionado sobre as críticas feitas pelas populações e autarcas aos meios disponibilizados para o combate aos incêndios e à falta de articulação no terreno de operações, o líder socialista diz que este não é o momento de análise e haverá um momento para avaliar as três dimensões: a prevenção, na preparação e no combate.PUB
O incêndio que deflagrou em Arganil na quarta-feira já chegou ao concelho vizinho de Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, e continua a não dar tréguas devido à intensidade do vento. Pelas 16h00 a direção do vento ameaçava duas aldeias na freguesia de Monte Frio, Mourísia e Moura da Serra.
PUBO fogo que começou no sábado ainda não deu tréguas e agravou-se nas últimas horas. Depois de esta manhã a situação ter acalmado, estando 80 por cento do fogo dominado, durante a tarde houve vários reacendimentos e existem atualmente várias frentes ativas, de acordo com a Proteção Civil.
PUBNa aldeia de Granjal, em Sernancelhe, o fogo está a chegar perto das habitações. Mas não há, para já, relato de casas destruídas. Pelas 15h00 desta quinta-feira o fogo de Satestava a ser combatido por 493 operacionais, apoiados por 157 veículos e seis meios áereos, de acordo com o site da ANEPC.
PUBA ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, vai fazer uma declaração ao país esta quinta-feira pelas 18h45 sobre a situação dos incêndios em Portugal, anunciou o Gabinete da ministra em comunicado enviado às redações.
PUBQuase dois mil operacionais combatiam às 14h30 os quatro maiores incêndios hoje em curso em Portugal continental, em Arganil, Sátão, Trancoso e Cinfães, apoiados por de 641 viaturas e 18 meios aéreos, segundo a Proteção Civil.
PUBCerca de 213 bombeiros ficaram feridos este ano em serviço, 112 dos quais nos incêndios rurais das últimas três semanas, segundo um balanço feito hoje pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).
PUBFoto: Susana Vera - Reuters
Em Espanha, os militares podem ajudar a combater os incêndios e, na realidade, estão a ser uma força essencial com quase quatro mil homens destacados no terreno.
Fazem intervenções em várias províncias espanholas e acabam por aliviar o trabalho dos bombeiros.Ainda assim os incêndios continuam sem dar descanso, há uma terceira vítima mortal e milhares de desalojados.
A reportagem é da correspondente da RTP, Ana Romeu PUB "Por vezes temos os meios aéreos disponíveis, mas não temos condições para eles poderem operar, quer seja pela temperatura criada nas diferentes bacias onde se encontra o incêndio, quer pelo próprio fumo", começou por assinalar, ao início da tarde, o sub-comandante da Proteção Civil Elísio Oliveira.
O responsável sublinhou o facto de não haver registo de feridos graves no incêndio que deflagrou na quarta-feira junto à aldeia histórica do Piódão, agradecendo a ajuda das populações. "O incêndio continua ativo. Desenvolve-se em diferentes bacias, em direção à Pampilhosa, em direção a Arganil, em direção a Oliveira do Hospital. São situações difíceis em que os mais de 800 operacionais que estão no terreno, maioritariamente bombeiros, equipas de sapadores florestais, militares da GNR, têm feito aqui um trabalho notável para controlar este incêndio", vincou.
Elísio Oliveira lembrou que estão previstas condições meteorológicas adversas para sexta-feira. PUB
Foto: José Pinto Dias - RTP
O segundo avião pesado aterrou, esta quinta-feira de manhã, em Castelo Branco. O primeiro Canadair de substituição já tinha chegado a Portugal na terça-feira.
A informação foi avançada pela Avinci, a empresa que opera em Portugal estes aviões pesados.As duas aeronaves ficaram inoperacionais. Portugal foi obrigado a pedir ajuda a Marrocos, que enviou dois Canadair. PUB
Foto: Jorge Esteves - RTP
O incêndio mantém-se ativo, mas parte do perímetro está já em resolução. Os operacionais continuam no terreno, atentos aos pontos quentes e reativações.
Durante a noite, os moradores transformaram tratores agrícolas em máquinas de combate ao fogo para proteger as aldeias. PUBO Presidente da República alerta que amanhã vai ser um dia "preocupante" no combate aos incêndios em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa teve a reunião semanal com o primeiro-ministro em Faro. Luís Montenegro garante que autoridades estão a dar o "máximo", mas assume que não há "meios ilimitados".
PUB Ao início da tarde, as chamas estavam a ganhar intensidade, como constatou a equipa de reportagem da RTP no local. PUBFoto: Paulo Cunha - Lusa
No terreno estão mais de 900 operacionais e 11 meios aéreos. Dezenas de pessoas pernoitaram em centros de acolhimento improvisados, como aconteceu na Casa do Povo de Vide.
PUB No combate ao incêndio de Sátão, há notícia de três bombeiros feridos com queimaduras. As chamas evoluíram rapidamente com uma projeção. PUBFoto: Pedro Sarmento Costa - Lusa
O incêndio passou para Aguiar da Beira e chegou entretanto a Sernancelhe.
No terreno, vivem-se momentos intensos e de muito trabalho. Devido a uma projeção, as chamas evoluíram de forma rápida.
"Segundo o comando operacional, pelas 10h00, 80 por cento do fogo estava dado como extinto e havia 20 por cento de área em fase de resolução e consolidação, com pontos quentes que motivavam alguma cautela e preocupação por haver possibilidade de reativação", afirmou Amílcar Salvador em declarações à agência Lusa.
No terreno, em operações de vigilância e rescaldo, continuam 466 operacionais, apoiados por 146 viaturas e quatro meios aéreos.
A principal preocupação incide neste momento sobre o concelho vizinho de Aguiar da Beira, igualmente no distrito da Guarda.
Em Trancoso, as chamas chegaram a 11 das 21 freguesias do concelho e, até quarta-feira, haviam consumido perto de 14 mil hectares, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais. PUB
A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, com a colaboração da GNR, procedeu à detenção, ontem, de um homem de 88 anos, indiciado pela autoria de dois crimes de incêndio florestal, ocorridos respetivamente nos dias 5 e 12 de junho, na localidade de Ossela, Oliveira de Azeméis.
O detido residente na área, sem antecedentes criminais, vai ser presente à autoridade judiciária para aplicação das medidas de coação. PUBO incêndio de Sátão, no distrito de Viseu, chegou a Aguiar da Beira e a Sernancelhe.
Três bombeiros ficaram feridos com queimaduras. PUBA empresa que opera em Portugal os Canadair de combate a incêndios florestais já substituiu os dois aviões pesados que estavam avariados com a chegada hoje da segunda aeronave, avançou à Lusa aquela entidade.
PUB O Comando Territorial de Aveiro da GNR deteve na quarta-feira, em flagrante, um homem de 72 anos por alegado crime de incêndio florestal no concelho de Vale de Cambra."Na sequência de um alerta para a ocorrência de um foco de incêndio florestal, os militares da Guarda deslocaram-se de imediato ao local, onde verificaram que os Bombeiros Voluntários de Vale de Cambra se encontravam a proceder à extinção das chamas. No decurso das diligências policiais, foi possível identificar e intercetar o suspeito enquanto este procedia à queima de um ninho de vespas situado nas imediações, tendo sido imediatamente detido", lê-se em comunicado da Guarda.
O detido vai ser presente ainda esta quinta-feira ao Tribunal Judicial de Vale de Cambra para aplicação de medidas de coação.
"A Guarda Nacional Republicana recorda que as queimas e queimadas são uma das principais causas de incêndios rurais em Portugal, devendo ser efetuadas em cumprimento rigoroso das normas de segurança e nunca realizadas quando o perigo de incêndio rural é 'muito elevado' ou 'máximo'", sublinha ainda a GNR. PUB Mais de metade destes quase 75 mil hectares arderam nas últimas três semanas. É o que indicam números provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
As estimativas agora divulgadas pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, a partir de imagens de satélite do sistema europeu Copernicus, colocam também Portugal como o terceiro país da UE com mais área ardida este ano, a seguir a Espanha, com 148.205 hectares, e Roménia, com 123.816.
A aérea ardida este ano é nove vezes superior ao que foi consumido por chamas em igual período do ano passado e a segunda maior desde 2017.
Só nas últimas 24 horas arderam mais de 11 mil hectares.
Desde o início do ano, deflagraram 5.998 incêndios que consumiram 74.931 hectares, dos quais 50 por cento em matos, 40 por cento em floresta e dez por cento em terrenos agrícolas.
Face ao mesmo período de 2024, o número de incêndios aumentou em 72 por cento. PUB
A França vai enviar hoje para Espanha dois Canadair e um avião de coordenação de combate a incêndios em resposta a um pedido de ajuda espanhol à União Europeia (UE), anunciou o Governo francês.
PUB Um novo incêndio deflagrou esta manhã perto de Sanguinhedo, em Cinfães. As chamas estão a lavrar em zona de serra e sem habitações próximas. Há já notícia de cinco quilómetros quadrados de área ardida. PUBFoto: Miguel Pereira da Silva - Lusa
O Livre questiona o Governo sobre as medidas adotadas para prevenir a ocorrência de incêndios. O partido quer saber em concreto, quais os motivos para que não tenham sido atingidas as metas, ao nível da limpeza de florestas.
É o que adianta à Antena 1, a líder parlamentar do Livre, Isabel Mendes Lopes.O Livre decidiu questionar formalmente o primeiro-ministro, sobre a estratégia para prevenir fogos rurais.
Isabel Mendes Lopes diz que é precisa uma gestão mais cuidada da floresta e da biodiversidade e também sugere mais envio de mensagens das autoridades à população, com avisos e comportamentos a tomar durante os incêndios. PUB
Por suspeita de crime de incêndio florestal, dois homens foram detidos pela GNR, em Vinhais, no distrito de Bragança.
A Guarda Nacional Republicana revela que as detenções aconteceram em flagrante delito, no dia de ontem, na localidade de Quirás.Os dois alegados incendiários atearam o fogo, com recurso a um isqueiro.
Vão ser hoje presentes hoje, a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Bragança, para aplicação das medidas de coação. PUB A equipa de reportagem da RTP mostrou a estrutura de apoio à população local. PUB Pelas 9h00 desta quinta-feira, havia duas aldeias em risco, face à progressão do incêndio que deflagrou na véspera perto do Piódão, no concelho de Arganil: Sobral Gordo e Mourísia.
Ouvido ao telefone, o presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, adiantou que noite não permitiu resolver o incêndio.
O fogo entrou já no concelho da Pampilhosa da Serra, durante a madrugada.
"Estamos a falar de zonas que são muito acidentadas, regra geral com bastantes ventos de sentidos muito variáveis e isso tem dificultado muito o combate", explicou o autarca.
"Nestas zonas de montanha, com vales encaixados, há sempre um número muito significativo de aldeias que estão nas zonas que são atravessadas pelo fogo, é uma das características deste território".
"Há aldeias que, de facto, estão confrontadas com o risco dos incêndios. Uma delas voltou agora a ficar em situação de risco, que é Sobral Gordo. Esta situação está neste momento a ser acompanhada, porque houve uma inversão do sentido de vento e recuou para onde ontem já tinha andado. E há uma outra aldeia, que é Mourísia, que está com o fogo muito próximo e houve inclusivamente já evacuação de algumas pessoas", avançou Luís Paulo Costa.
Nas diferentes aldeias em causa, terão sido já retiradas de casa seis dezenas de pessoas, ainda segundo o presidente da Câmara.
Quanto aos meio no terreno, o autarca admitiu que não é possível "avaliar isso de forma rigorosa". Há nesta altura cerca de 800 operacionais mobilizados.
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Há mais uma vítima mortal, em Espanha, na sequência da vaga de incêndios que está a atingir o país.
Um homem, que tinha sofrido queimaduras e estava internado em estado crítico, acabou por morrer.Era um voluntário que ajudava no combate às chamas, em Zamora.
Sobe assim para três o número de mortos registados em Espanha devido aos fogos rurais. PUB
Foto: Lusa
Temperaturas elevadas e mudanças repentinas de vento são dois fatores que vão contribuir para os incêndios florestais nos próximos dias. A meteorologista Paula Leitão, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, admite que os próximos dias podem ser complicados.
A temperatura vai descer um pouco no fim de semana mas o calor vai manter-se no litoral do país. O fim de semana pode mesmo ser de nevoeiro. PUB O incêndio de Sátão mantém-se ativo, lavrando agora em duas frentes. "Neste momento estamos em combate, mas conseguimos resolver o restante perímetro durante a noite", indicou Jody Fernandes Rato, do Comando Regional da Proteção Civil do Centro.O dispositivo aguardava, pelas 8h00, a chegada de meios aéreos para ajudar no combate às chamas. PUB "O incêndio ainda se encontra ativo, mas com os trabalhos a decorrer favoravelmente", adiantou esta manhã, ao telefone, Rui Conchinha, do Comando Sub-regional do Alto Alentejo.
O incêndio lavrava, pouco depois das 8h00 desta quinta-feira, em apenas uma frente, sem apresentar "risco para as populações". PUB Mais de 120 concelhos do interior norte e centro do país e do Algarve encontram-se esta quinta-feira em risco máximo de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.
Debaixo de risco máximo estão todos os concelhos do distrito de Bragança e a maioria dos de Vila Real, Guarda, Viseu e Castelo Branco.
Na mesma situação estão dezenas de concelhos dos distritos Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Santarém, Portalegre, Beja e Faro.
Em risco muito elevado encontra-se boa parte da região do Alentejo e dezenas de municípios dos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Aveiro, Vila Real, Porto, Braga e Viana do Castelo.
Cerca de 60 concelhos nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria, Santarém, Lisboa, Setúbal, Portalegre e Faro estão em risco elevado de incêndio.
Em risco moderado estão perto de 20 concelhos, a quase totalidade no litoral do país, nos distritos de Faro, Lisboa, Leiria, Coimbra, Aveiro e Porto.
O Instituto do Mar e da Atmosfera prevê para esta quinta-feira uma ligeira descida da temperatura na região sul e uma pequena subida da temperatura máxima nas regiões norte e centro. Prevê também vento por vezes moderado nas terras altas, sobretudo da região Sul.
As temperaturas mínimas vão oscilar entre os 15 graus Celsius em Viana do Castelo e os 26 graus em Portalegre. As máximas variam entre os 26 graus em Aveiro e Viana do Castelo e os 40 em Castelo Branco e Évora. PUB De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, o aviso laranja vai permanecer em vigor nestes três distritos até às 0h00 de domingo. Em Viseu e Vila Real, vai vigorar até às 18h00 de sexta-feira, tendo em conta a "persistência de valores muito elevados da temperatura máxima". Cairá, em seguida, para aviso amarelo, o menos pronunciado da escala de três.
O aviso laranja está também ativo até às 18h00 desta quinta-feira nos distritos de Évora, Setúbal, Santarém, Beja e Portalegre, sendo depois reduzido para amarelo pelo menos até domingo.
Debaixo de aviso amarelo, devido ao calor, estão até às 18h00 os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Aveiro, Coimbra e Braga. Em Coimbra e Leiria, este prolonga-se até às 18h00 de sexta-feira e em Faro até às 18h00 de domingo.
As temperaturas no interior vão manter-se até sexta-feira, acompanhadas por vento do quadrante sul, por vezes com muita intensidade, quadro que potencia o risco de incêndio.
Portugal está em situação de alerta devido ao risco de incêndio rural desde dia 2 de agosto. Este ano arderam já 63.247 hectares de espaços florestais, metade dos quais nas últimas três semanas, e deflagraram 5.963 incêndios, a maior parte nas regiões do norte e centro.
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- Ao início da manhã desta quinta-feira, o incêndio que deflagrou em Arganil era ainda aquele que gerava maior preocupação. O combate às chamas mobilizava cerca de 800 operacionais, apoiados por 300 veículos;
- O fogo começou na madrugada de quarta-feira perto da aldeia do Piódão e terá sido provocado por uma trovoada. Ameaça agora entrar no concelho de Pampilhosa da Serra, depois de ter atingido Oliveira do Hospital e Seia;
- O incêndio de Arganil obrigou a evacuar várias localidades. A aldeia histórica do Piódão esteve mesmo cercada pelas chamas e, na quarta-feira, o combate chegou a mobilizAr mais de dez meios aéreos;
- Já o incêndio de Tabuaço está dado como dominado. Este fogo, que deflagrou no domingo, deu tréguas aos bombeiros e, pelas 6h05 da manhã, entrou em fase de resolução;
- Ao todo, há cinco grandes incêndios por controlar. Além de Arganil, desde sábado que o fogo não dá tréguas em Trancoso. Cerca de 500 bombeiros estão a combater este incêndio no distrito da Guarda. O incêndio de Sátão, no distrito de Viseu, chegou a Aguiar da Beira;
- O presidente da República alertou na quinta-feira para o perigo de incêndios, que na sexta-feira será ainda mais acentuado. Marcelo Rebelo de Sousa teve a reunião semanal com o primeiro-ministro em Faro, onde garantiu que ambos têm estado a acompanhar em permanência a evolução dos fogos;
- Por sua vez, o primeiro-ministro afirmou que o país tem "todos os meios disponíveis" e que está a fazer "o esforço máximo possível".
- Esta quinta-feira, a maior parte do território de Portugal continental encontra-se em risco muito elevado ou extremo. Na sexta-feira a situação no litoral e no sul do país melhora, mas nos concelhos onde lavram os incêndios mais graves pode piorar. Em causa está a conjugação de calor e vento com um nivel baixo de humidade;
- No Parque da Peneda-Gerês, os agricultores fazem agora contas aos prejuízos. Em Ponte da Barca e Terras de Bouro há quem não tenha como alimentar os animais que pastavam na serra.
Paulo Cunha - Lusa
O incêndio de Arganil, no distrito de Coimbra, obrigou a evacuar várias localidades e alastrou aos concelhos de Oliveira do Hospital e Seia. A aldeia histórica de Piódão esteve mesmo cercada pelas chamas.
PUBFoto: RTP
O incêndio lavra há mais de 20 horas e já chegou aos concelhos de Oliveira do Hospital e Seia
A Proteção Civil estima que pelo menos já arderam cinco mil hectares. Há a registar cinco feridos, todos bombeiros.O vento tem estado intenso o que dificulta os trabalhos. Continuam três frentes ativas.
Estão cerca de 700 operacionais a combater o fogo. PUB
O presidente da Câmara de Aguiar da Beira, Virgílio Cunha, confirmou à RTP que um lar em Quinta de Açores teve de ser evacuado por precaução. O autarca frisou a situação difícil em que o concelho se encontra, já que está a ser fustigado por dois incêndios num só dia.
Aguiar da Beira enfrenta neste momento o incêndio que veio de Trancoso, que ficou mais controlado ao final da tarde de quarta-feira, mas também o fogo que chegou através de Sátão.Este último entrou no concelho "pelo outro extremo" e tinha, na noite de quarta-feira, uma frente de "vários quilómetros".
O presidente da Câmara diz já ter pedido reforços perante a situação e refere que só tem sido possível contar com os bombeiros locais. PUB
O incêndio florestal que começou no sábado em Trancoso, no distrito da Guarda, continua sem dar tréguas aos bombeiros e a preocupar as populações. O fogo que se alastrou aos concelhos de Fornos de Algodres, Aguiar da Beira e Celorico da Beira já consumiu quase 14 mil hectares de área.
PUBO incêndio que começou no dia 2 de agosto em Sirarelhos, em Vila Real, entrou ao final da tarde desta quarta-feira em fase de resolução. Depois de dois reacendimentos em 12 dias, não houve durante o dia de hoje chamas ativas. Já em Tabuaço, uma das frentes de fogo ameaçou esta tarde a aldeia de Paradela.
PUBFoto: Miguel Pereira da Silva - Lusa
O líder do PS desafia o Governo a declarar o estado de contingência no país. José Luís Carneiro entende que este seria um passo importante, para reforçar o combate aos incêndios, principalmente depois dos alertas do Presidente da República de que a situação pode ficar mais complicada, a partir de amanhã.
José Luís Carneiro foi entrevistado na noite de quarta-feira no canal de televisão NOW. O antigo ministro da Administração Interna pediu ao Governo que reforce a capacidade de resposta aos incêndios.Também na quarta-feira o primeiro-ministro foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de o Governo não ter ainda pedido ajuda ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil, para combater os fogos.
Luís Montenegro garante que isso será feito, quando for necessário. Já o ministro da Defesa diz que as forças armadas estão no terreno, em ações de patrulha e dissuasão por causa dos incêndios, mesmo que não sejam visíveis pelas populações.
Quanto à ideia de colocar militares a combater as chamas, Nuno Melo garante que a lei não atribui essas competências às Forças Armadas. Nuno Melo na RTP3, garantiu que está a ser um esforço completar para equipar a Força Aérea com mais aeronaves.
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Foto: Ricardo Nascimento - Lusa
Numa altura em que o fogo não dá tréguas em Portugal continental, Luís Montenegro afirmou que o país tem "todos os meios disponíveis" e que está a fazer "o esforço máximo possível".
O primeiro-ministro fez uma curta declaração aos jornalistas sobre a situação dos incêndios. Assumiu que não há "meios ilimitados" para esse efeito. "Todos sentimos que era preciso mais, temos de saber gerir e coordenar", assumiu.Questionado sobre a necessidade de pedido de ajuda internacional, o primeiro-ministro não afasta essa possibilidade "quando as circunstâncias o motivaram".
O primeiro-ministro esteve reunido esta quarta-feira com o presidente da República em Faro. Após o encontro, ambos os governantes jantaram em Cacela Velha. PUB
Foto: Ricardo Nascimento - Lusa
O presidente da República alertou esta quarta-feira para o perigo de incêndios e avisou que sexta-feira é um dia "particularmente preocupante".
Marcelo Rebelo de Sousa teve a reunião semanal com o primeiro-ministro, em Faro, e disse que os dois têm acompanhado em permanência a evolução dos fogos. PUBFoto: Hugo Delgado - Lusa (arquivo)
Numa altura em que os incêndios não dão tréguas em Portugal continental, o ministro da Defesa afirma que as Forças Armadas não estão a combater os fogos porque "não podem combater fogos", uma vez que a lei proíbe.
Em entrevista ao 360 da RTP 3, Nuno Melo garantiu o Governo está a investir na aquisição de meios de combate, nomeadamente aviões, helicópteros e drones."As Forças Armadas não podem fazer aquilo que não é da sua competência, não podem fazer aquilo que o poder político lhe retirou", explicou o ministro da Defesa. PUB
Foto: Juan Medina - Reuters
Uma onda de incêndios está a varrer vários países do Mediterrâneo. Os mais afetados pelas chamas são Grécia, Albânia, Montenegro e Turquia. A situação em Espanha também está complicada.
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